Monday, November 02, 2009

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Das outras vezes não pareceu doer tanto. Dessa vez, o buraco parece estar crescendo a cada dia. A vontade de ficar dentro de casa pra sempre, sem sair pra tomar um solzinho se quer, cresceu de novo. As desculpas mais esfarrapadas possíveis para se fechar do mundo inteiro começaram a ser proferidas novamente. Outra vontade recorrente é a de chorar sem parar, sem motivos aparentes. Mas não tenho me entregado ao choro.

O monstruoso vazio se instalou... sem aviso prévio. Na verdade, com um pouco de aviso, mas não imaginava que as proporções que tomaria seriam desse porte. Parece um buraco negro que se dilata a cada minuto. Sem forças para explicar e sem vontade alguma de conversar sobre isso com alguém. Não gosto nem de pensar em conversar com as pessoas. Sinto a frieza no olhar morto e sem vida. Sinto a frieza no coração ao mesmo tempo que quero colo. Um colo que não peça explicações, que não indague, que não fale, pois não há nada que se falar no momento.

1 comment:

marcos said...

Há tempo para tudo. Fique triste um pouco, é saudável. E depois sacuda a poeira porque a alegria virá. Com certeza.

"TEMPO PARA TUDO
Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.
Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir;
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar:
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar;
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar
tempo de guerra e tempo de paz. "