Saturday, June 25, 2011

O mito do inacessível

Mito: dentre os diversos significados mitológicos, o mito é a “idéia falsa, que distorce a realidade ou não corresponde a ela”; é a “coisa ou pessoa fictícia, irreal, fábula”.

Temos a frequente mania de mitificar as pessoas. Alguns parecem simplesmente inalcançáveis até mesmo para os nossos desejos mais secretos. E vem junto com o receio de fantasiar o “como seria se...?”. Tornando alguém mítico, fica mais fácil de se observar de longe e transformá-lo em amor platônico. Não se corre riscos, não há o que perder... observa-se de longe, os pensamentos pairam pelo ar e nada ocorrerá.

Assim, acabamos nos afastando do que poderia ser algo real, por torná-lo mítico, quando, na verdade, trata-se tão somente de um ser humano, de carne e osso, com as mesmas necessidades de qualquer outro. As vontades, muitas vezes, são as mesmas, mas o medo, a mitificação do outro parece nos afastar e nos cegar para uma realidade que está bem ali, diante dos nossos olhos. Ficamos com medo de nos entregar, de nos arriscar, por já aguardar a rejeição. Envolve medos diversos: de se machucar, de se deixar levar, de levar o famoso “não”...

E quando ocorre o contrário? Ah, quando você é o mito para outra pessoa não há como explicar ao outro que não há mitos, e que você é apenas como qualquer um outro e quer apenas as mesmas coisas.

O nosso papel de mulher mudou muito nos últimos anos dentro da sociedade. Lutamos pela igualdade dos direitos, por mais espaço no mercado de trabalho, etc etc. Ainda sim, nem por isso mudamos por dentro. Por mais que a gente mergulhe nos nossos afazeres, no trabalho, por mais que nos tornemos pessoas batalhadoras, conquistando o nosso espaço onde antes só pertencia aos homens, continuamos sendo as mesmas pessoas de antes. Continuamos sendo as mesmas criaturas que, de certo modo, são frágeis por dentro e cheias de sentimentos. Continuamos nos decepcionando pelas mesmas coisas e, no fundo, só mudamos o nosso jeito de lidar com algumas situações no nosso dia-a-dia, mas isso não mudou a nossa essência e, ao invés de mitos, somos apenas mulheres de carne e osso, com as mesmas vontades de qualquer outra em qualquer época.

4 comments:

Minozzi said...

Oii Fe quanto tempo,
é o André irmão do Anderson.

bonito esse post, me identifiquei um bocado com ele hahahah, maaaaaas, deixa in off não é mesmo ;)

saudades de vcs

mega beijo

Fernanda S. said...

Saudade de você também!
Que legal vc passando por aqui, hein?? Obrigada!
Espero que "me visite" mais vezes :)
Bjos

Minozzi said...

Pois é Fe, tava fuçando Google e achei vc hahahahha
com certeza irei visitar, me diga como esta a familia e vc por onde tem andado ?

Beijao

Minozzi said...

Oii Feh, to passando aqui pra desejar um feliz natal e um prospero ano novo pra toda sua familia com mta saude e vitorias.Gostaria de pedir que desse um recado, principalmente pra Re, pra Monica, pra Rose e para o Robson, quero dizer que a minha familia está rezando mto pela saude dele, embora não tenhamos entrado em contato sentimos tbm este baque, gostaria de desejar a vcs e a todos eles que o ano que vem seja repleto de coisas boas, que Deus ilumine os corações de todos, trazendo Paz e com ela possam se recompor, desejo-lhes tudo de melhor. Estamos por perto .
Mega Beijo e boas festas..