Tenta fingir que hoje é um dia como outro qualquer, mas, por mais que insista, não consegue se enganar tão fácil assim. É inevitável não pensar nele e em todos os "começos" e possíveis significados que esta data lhe traz. Não consegue esquecer.
Não consegue esquecer também o seu olhar, o seu jeitinho tímido, aquele seu sorriso de canto de boca. Não consegue esquecer do dia que ele foi até o hospital só pra fazer companhia e segurar a sua mão (e a sua bolsa... rs). Não consegue deixar para trás a sensação boa do seu toque, do seu cheiro e da sua barba.
A verdade é que ela ainda não se acostumou com a ausência dele em sua vida. Sente falta das conversas, das brincadeiras, das intimidades, da parceria. Em alguns dias chega a sentir o cheiro dele por entre os lençóis da sua cama. Em outros, apenas o procura com os olhos no lugar onde eles sempre costumavam se encontrar no início do dia, só para ter a certeza de que ele não está. E dói não vê-lo mais...
Ainda é dolorido pra ela o fato de eles não se falarem mais; de ela não mais poder contar com ele e/ou contar para ele sobre todas as coisas que têm acontecido ultimamente. Detesta a distância física que hoje os separa, os fusos horários diferentes e, principalmente, os desentendimentos idiotas. Às vezes, lê trechos das suas conversas de meses atrás só para matar um pouquinho da saudade e dar risadas com as hashtags e fotinhos engraçadas que eles trocavam.
Enfim, apesar de todos os desentendimentos, desencontros e dores, ela continua apoiando a decisão dele de ir em busca dos seus sonhos, do seu caminho. Ele está passando pelos seus processos. E ela sabe que esta será uma experiência única e inesquecível para a vida dele.
E, assim, vai deixando o tempo passar, vivendo um dia de cada vez, esperando que tudo isso passe. Ainda assim, sente saudade dele todos os dias. E sente amor, apenas amor.