Sunday, April 27, 2008

~ Conversas tácitas ~


Gosto muito de tentar conversar com você normalmente. Como se nada eu sentisse além da nossa “quase-amizade”. Sinto uma cumplicidade que é só nossa, apesar de nem termos tanta proximidade assim.
Quando conversamos, gosto de te fazer perguntas tácitas e eu sei que as respostas nunca virão. E é muito gostoso ouvir o teu sotaque engraçado que te dá um ar de único.
E te admiro. Admiro mesmo. Se eu pudesse, seria como você exceto pelo fato de ser sozinho. Sabe, eu não penso mais em ficar sozinha a vida inteira. Já pensei, não vou mentir, mas agora não penso mais. Ao contrário, penso em construir uma vida diferente com outra pessoa, apesar de que só de pensar em ter uma casa e ter que me virar sozinha, fico com medo... e cozinhar, então? Aliás, você sabe cozinhar? Macarrão não vale! Eu também sei.. e sei muito bem, não deixo passar do ponto!
Mas, enfim, um dia, quem sabe, eu seja uma pessoa mais próxima sua e descubra os seus segredos sem ter que perguntar tacitamente e esperar uma resposta que nunca virá. Quem sabe não terei que saber de você por terceiros que eu nem conheço, mas que me contam como você era quando mais novo. Quem sabe um dia eu ainda sinta toda a mistura de calor e vergonha de uma só vez, quando estiver bem perto de você, sentindo seu abraço forte...
(*) Escito em 18/03/08

Saturday, April 26, 2008

~ Vazio ~

Vazio. Esvaziada de sentido. Procurando, em busca dele. Mas vazia.
O corpo está gelado. Os pés parecem pedras de gelo. O coração chora.
O rosto está cansado.
O sentido se foi, mas a vida continua. Por que mesmo todo este trabalho, então? Não sei.
Mais tristeza.
- Você tem medo de quê?
- Não sei... de ficar sozinha, talvez...
E eu sinto o pulsar do meu coração, entalado no meu pescoço, chorando lágrimas intermináveis... e o silêncio no meu ouvido e a voz interior calada.
Tudo sangra, tudo gela e quase nada sai.

Wednesday, April 23, 2008

~ Questions ~


Sabe o que é pior que não sair de casa nos finais de semana?
Sabe o que é pior que ir de casa-casa-para-o-trabalho-do-trabalho-pra-faculdade-da-faculdade-para-casa todos os dias?
Sabe o que é pior que não assistir TV, não ir ao cinema, não ver filmes em casa, não assistir seus seriados prediletos?
Sabe o que é pior que não ter tempo pra nada, nem pra ligar pra ninguém, nem pra pôr os assuntos em dia?
Sabe o que é pior que ficar estudando até de madrugada quase todo o dia e ganhar grandes olheiras de urso panda?!
É estudar que nem uma retardada, faltar em aulas para estudar, deixar de falar com as pessoas para estudar, se estressar para estudar, acumular trabalho para estudar, cair de sono para estudar e ainda sim ganhar notas medíocres! Isso é o pior!
Acho que devo parar de me privar de viver a vida!

Tuesday, April 22, 2008

~ Finding myself ~

Eu e ela nos encontramos no Sábado retrasado. Meu espírito estava elétrico e, ao mesmo tempo, cansado de estar cansado. Eis que ela sugeriu um encontro. Um encontro entre eu e aquela criancinha de 2 anos.
Ela estava na praia, pertinho da água do mar e estava muito feliz. Seus olhinhos brilhavam e ela, como qualquer criança, não parava quieta: ficava pulando na área molhada e olhando pra mim cheia de risos pelo rosto. Eu estava me aproximando dela e, quanto mais perto eu chegava, mais me contagiava com a alegria da pequena. Seus cachinhos caiam pelo rosto, mas sem que atrapalhasse aquele momento mágico.
Eu fui chegando cada vez mais perto dela, sem medo e quando a vi bem de pertinho mesmo, não contive as minhas lágrimas reais. Chorei. Chorei como se fosse uma criança que tinha se emocionado com algo. Meus pais estavam longe de nós, éramos só eu e ela e mais ninguém.
Senti aquelas mãozinhas nas minhas mãos e de repente, uma cumplicidade me invadiu e eu senti que não estava mais sozinha, pois ela estava lá comigo. E nós nos abraçamos muito forte e por muito tempo. Eu não conseguia parar de chorar e ela, de rir. Ria para a vida, para o sol, para o dia, para mim. E eu chorava, inexplicavelmente, sem parar. Quando eu a soltei e levantei, nos demos a mãos e eu, meio encurvada, deixei que ela me levasse.
Nos despedimos e eu voltei, mais uma vez, pra vida real e percebi que ela, na verdade, está e sempre estará aqui dentro, é só eu procurá-la!

Monday, April 21, 2008

~ De volta! ~

Demorei, né, pessoas?! Pra ser mais exata, demorei exatamente 15 dias para vir aqui, mas posso explicar, afinal, tudo tem uma explicação, certo?! Farei isso por partes:
Parte I: Ou elas acabam logo ou acabam logo comigo de uma vez
Sim, semanas de provas no Mackenzie. Não seriam nada terríveis se pensarmos que são “apenas” as provas do meio do semestre (o qual já está prestes a acabar). No entanto, há pessoas no mundo que são realmente desesperadas e tornam-se absolutamente incomunicáveis em tais dias. Não dormem direito, pois precisam estudar. Não comem direito, pois precisam continuar estudando. Não se comunicam, pois ficam muito irritadas em pensar que aquele tempinho precioso está sendo perdido quando, na verdade, poderia estar sendo bem aproveitado com os estudos. Ok, nem tanto... até mesmo porque não consigo ficar completamente incomunicável, mas tudo bem. O importante é que amanhã é a última delas. Poderia ter ido melhor em quase todas, mas, é melhor não pensar nisso e cobrar um pouco menos de mim mesma. Ah, e tem mais um detalhe: pareço um urso panda com tanta olheira! Às vezes é difícil ser capricorniana, perfeccionista e teimosa!
Parte II: O escritório
Bem, mudanças bem nas semanas de provas não são muito bem-vindas, ainda mais quando o assunto é emprego, mas, desta vez, não teve jeito. Tudo começou com a insistência de um amigo meu para que eu enviasse o meu CV pra ele. Até aí, tudo bem, eu fiquei enrolando, enrolando, mas chegou um momento que não tinha mais jeito de enrolar... acabei enviando! Depois disso, todo aquele processo: prova de lógica, prova específica, redação de inglês... e conversa com um e com outro e com mais outro. Acabei sendo contratada. Yupie! Claro que fiquei feliz, mas por outro lado, fiquei muito triste por deixar o Braga. Lá fiz amigos de verdade e trabalhei com pessoas muito queridas. Foi difícil, mas necessário. Às vezes a mudança é inevitável.
Parte III: Aniversário das minhas meninas
Pois é, até o aniversário das minhas irmãs passou e eu não comprei presentes ainda. Shame on me! As duas fizeram anviersários nos dias 9 e 10 deste mês e nem vê-las direito não as veja. às vezes fico dias sem vê-las, isso porque moramos sob o mesmo teto. Não tive como comprar presentes e muito menos criatividade. Preciso dizer que a impaciência para ir ao shopping também foi de grande ajuda. Tiveram direito a festinha, família reunida, bolo de morango, brigadeiro, bicho-de-pé, beijinhos... Às vezes eu queria que o dia tivesse 48 horas (e queria ter forças para aguentá-las também).
Parte VI: A mentira
Sempre tem que ter uma, né? E a mentira tem perna curta sim senhor! Fiquei bem chateada, pois, desta vez, foi uma pessoa que eu considerava uma amiga de verdade. Não sei da onde ela tirou tal história, só sei que envolveu o seu melhor amigo e eu. Só sei que tal pessoa teve a coragem de dizer que eu falei uma coisa de uma festa da qual eu nem conversei a respeito com ela e ainda inventou que eu falei que tal amigo tinha feito uma coisa que ele não fez, até mesmo porque ele passou metade da festa comigo. É claro que tal amigo veio tirar satisfação comigo e com toda razão, pois eu também faria o mesmo. Isso só serviu para eu ver e enxergar, mais uma vez, o mundo ao meu redor. Às vezes é necessário abrir bem os olhos.
Enfim, sempre é muito bom voltar ao meu cantinho! I’m back to the game!

PS: A iniciação foi deferida! Yupie!


Sunday, April 06, 2008

~ Às vezes ~

Bom, como ando sem tempo para postar coisas novas, acabo pegando as coisas meio-velhas e postando-as, mesmo que não sinta exatamente isso neste momento...
(*) Texto escrito em: 19/02/08
Às vezes as coisas ainda doem. Elas ainda fazem diferença. Às vezes elas ainda têm interferência mínima na minha vida. Às vezes tudo que eu preciso fazer eu não consigo. E, às vezes, eu deixo de lado um monte de coisas e me foco somente em uma: pensar nas coisas boas que as coisas ruins me proporcionaram.

Saturday, April 05, 2008

~ Hello, I'm a piece of meat! ~

And I do feel like a piece of meat. A big one though, just because I’m really tall.
I hate when people think that you’re always there: available for whatever THEY want to do whenever THEY want to do. It’s nice, isn’t it? It’s really easy to think like this.
And I hate even more the ones who actually think you are a piece of meat. They go to the butcher and ask for a real piece of nice meat and: bingo! There you are! No feelings, no nothing! Just another piece that can be eaten without doind any thinking about it.
Maybe it’s all my fault. Acatually, I do think it’s all my fault. Along these last years, I was always there, waiting for been picked by him in whatever market. I’ve been really patient and kind about it even when the stupid person came around and threw me some beautiful words. As any asshole who loves somebody, I used to believe in every single word that it was told by him. I used to think he only said the truth all the time. Bull shit! Big fat bull shit!
I guess I allowed some people to see me from this point of view. And that’s why, once again, the fault is mine. You can put the blame on me... go on!
Wait me in the next barbecue, dear! I’d rather be a piece of meat that cannot be picked by anyone, specially by him! In fact, being a piece of meat makes me a being without any thoughts, any feelings, any hearts to be hurt. So, maybe it’d be a good idea. Who knows?
(*) Text written in March 25th