Eu e ela nos encontramos no Sábado retrasado. Meu espírito estava elétrico e, ao mesmo tempo, cansado de estar cansado. Eis que ela sugeriu um encontro. Um encontro entre eu e aquela criancinha de 2 anos.
Ela estava na praia, pertinho da água do mar e estava muito feliz. Seus olhinhos brilhavam e ela, como qualquer criança, não parava quieta: ficava pulando na área molhada e olhando pra mim cheia de risos pelo rosto. Eu estava me aproximando dela e, quanto mais perto eu chegava, mais me contagiava com a alegria da pequena. Seus cachinhos caiam pelo rosto, mas sem que atrapalhasse aquele momento mágico.
Eu fui chegando cada vez mais perto dela, sem medo e quando a vi bem de pertinho mesmo, não contive as minhas lágrimas reais. Chorei. Chorei como se fosse uma criança que tinha se emocionado com algo. Meus pais estavam longe de nós, éramos só eu e ela e mais ninguém.
Senti aquelas mãozinhas nas minhas mãos e de repente, uma cumplicidade me invadiu e eu senti que não estava mais sozinha, pois ela estava lá comigo. E nós nos abraçamos muito forte e por muito tempo. Eu não conseguia parar de chorar e ela, de rir. Ria para a vida, para o sol, para o dia, para mim. E eu chorava, inexplicavelmente, sem parar. Quando eu a soltei e levantei, nos demos a mãos e eu, meio encurvada, deixei que ela me levasse.
Nos despedimos e eu voltei, mais uma vez, pra vida real e percebi que ela, na verdade, está e sempre estará aqui dentro, é só eu procurá-la!
2 comments:
Uma das coisas mais lindas que vc já escreveu.
Quem chorou aqui fui eu...
Amo.
Puxa.. fiquei mto feliz em saber disso!
Eu gosto de suscitar emoções...
Amoooo um montão!
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