Friday, March 23, 2007

* Sentidos opostos *

“ Dois caminhos, uma chave...
Um estrondo, uma porta errada..."
(Dois caminhos - Babado Novo)
Uma única porta de saída e dois caminhos opostos, completamente diferentes.
Ela sai e atravessa a rua para descer. Ele sai e também atravessa a rua, mas vai para o sentido contrário. Ela vai para casa, esquecer das tristezas e pensar um pouco em tudo o que aconteceu no seu dia. Ele não vai para a sua casa, vai para outros lugares que não fazem sentido algum. Ela está exausta de querer fazer tudo ao mesmo tempo, mas, mesmo assim, não sabe viver de outra maneira: quer trabalhar, estudar, aprender Francês, Espanhol, curtir a vida ao lado de alguém que faça valer a pena... Ele, por sua vez, quer também estudar, arranjar um bom emprego com horários mais flexíveis, crescer na sua área. Quer curtir, mas de forma diferente do ponto de vista dela. Quer estar sempre em contato mesmo que isso faça mal para todos os lados que possa alcançar. Mente em prol de um bem-estar que não é comum a todos e sim, somente a ele mesmo.
Ela quer mais! Quer aproveitar cada instante, pois a vida passa voando e, ao mesmo tempo, não quer fazer nada. Quer voar, mas quer também ficar parada. Quer sorrir quando as lágrimas já estão em seus olhos.
Ele quer ser feliz, mas busca sua felicidade em caminhos muito obscuros e estranhos. Ele continua a ser “cabeça dura” e não admite certas verdades para si mesmo por mais que isso doa em outras pessoas e até nele próprio. Ela continua a ser cabeça dura em pensar que um dia, muito distante, as pessoas podem mudar. E elas, de fato, mudam, mas não como ela gostaria. Mudam para pior, pois ela acaba perdendo a confiança em quem ela mais acreditava e não gostaria que isso acontecesse de forma alguma.
Ela, politicamente correta, segundo ele mesmo. Ele, um doido que não sabe o que quer da vida realmente, segundo ela mesma.
Os caminhos não se cruzam mais a não ser que ele o queira, mas ela não o quer. Não tem mais graça. Os olhares não são mais aqueles de antigamente. Os sentimentos são distintos. Os gestos, o jeito de falar, as ligações inesperadas já não têm mais o mesmo sentido. Sentidos opostos, contrários, obtusos, perdidos em algum lugar num passado próximo e, ao mesmo tempo, distante.
Caminhos percorridos diferentemente que nos levam a outros lugares que jamais poderemos imaginar...

Wednesday, March 21, 2007

* Sick and tired *

Eu preciso de alguém pra conversar... alguém que não me conheça que não saiba nada sobre a minha vida. Alguém que não queira falar comigo somente pelo computador. Alguém que tenha um coração aberto e não queira só me criticar, mas me dar apoio também... cansei de ficar abaixando a cabeça pra certas pessoas que são egocêntricas e acham – coitadas! – que são as pessoas mais importantes do mundo... hehehe Só você mesmo pra pensar nisso e me fazer rir em meio as minhas lágrimas e numa hora dessas.
É ridículo o jeito com que você vem me ignorando e depois diz o quão infantil EU sou! Ninguém está pedindo coisa alguma pra você além da sua preciosa atenção, mas nem isso parece que você pode dar, não é mesmo? Anda difícil um “espacinho” na agenda, né?!?! Crise de ciúme?? Taí, fica uma pergunta pra você: Ciúme de quem mesmo?!?!?!
Cansei de ter que dizer que estou errada quando não estou... a verdade dói, meu bem? Uau, bem-vindo ao clube!!! Quão amoroso você é, até me espanta! Na verdade, dói perder um amigo... pensei que o tivesse na sua figura, mas percebi que, mais uma vez, estava redondamente enganada! Uma pena perder alguém que era tão gracinha e fofo comigo quando queria. Agora o interesse se foi e você não precisa mais fazer médias, podendo demonstrar uma outra pessoinha escondida por trás da máscara boazinha que me encantou.
Da próxima vez prometo que seguirei mais o meu sexto sentido!

Thursday, March 15, 2007

* Empurre a sua vaca... *

Estava eu na aula de Linguagem Jurídica (yeah!) depois de um loooongo dia (sim, desde ontem parece que os dias são cada vez mais longos por um lado e curtos para o outro) e eis que surge uma história muito interessante.
A história em questão foi contada pela professora e envolvia Aristóteles, seu aprendiz, uma família paupérrima e... UMA VACA!!! Sim, um animal irracional denominado vaca e não qualquer outra coisa que você e sua mente distraída possam estar pensando neste exato momento.
Ah, e antes que você pense: “A Fernanda ta bem louca que vou ficar lendo historinha de filosofia e afins”... nããããããoooo, você está enganado(a)! Esta não é uma historinha assim. Aliás, vou resumi-la ao máximo para não tomar seu precioso tempo: a família pobre, pobre vivia do litro de leite que a vaca produzia todos os dias e Aristóteles vendo aquilo, pediu para seu aprendiz joga-la precipício abaixo. O aprendiz, muito contrariado, fez o que seu mestre mandou. Após 20 anos eles voltaram no mesmo lugar onde não havia mais uma família pobre e sim, uma família rica, de posses (a vaca já estava morta, óbvio... hehe). Eles haviam aprendido a viver do trabalho e das conquistas de cada um.
O que eu adorei nesta história é que ela fala exatamente do comodismo das pessoas com determinadas situações e o medo eterno de se arriscar, isto é, a vaca estava sempre lá magrinha, "acabadinha" provendo o leite de cada dia para os seus. Uma vez jogada no precipício, a família TEVE QUE achar uma alternativa de vida e achou, sem querer, algo melhor e inesperado que proveria muito mais do que apenas um litro de leite.Talvez fosse só isso que eu precisava ouvir para fechar o meu interminável dia com “chave de ouro”, afinal, o comodismo, aquele meu velho amigo de sempre, anda me perseguindo ultimamente. Aliás, não só a mim, mas aí já é outra história para um outro dia e uma outra situação.
Mas, não bastando este fato, meu dia fechou mesmo com chave de ouro quando aquele charme de pessoa apareceu ao meu ladinho!!!! Obrigada, meu Deus pela “recompensa” de cada dia árduo da minha vida!!! Mas, este é um outro personagem que surge inesperadamente na vidinha de FCS e, muito provavelmente, fique apenas no plano das idéias, mas, enfim, é a vida, não é mesmo?!?!?
Bom, depois disso tudo, só queria dizer que o importante é que você empurre a sua vaca para o precipício mais próximo. Seja lá qual ou o que for a sua vaca... esteja esta vaca no sentido denotativo, conotativo, figurativo... você é quem sabe... mas, não deixe que ela vá, simplesmente para o brejo... empurre-a já!!!

Tuesday, March 13, 2007

* Estaca Zero *



"Here I go again on my own...
Going down the only road I've ever known
Like a drifter I was born to walk alone
Here I go again..."
(Here I go again - Whitesnake)

Da estaca zero novamente. Onde tudo começa e tudo tem um fim. Nós sempre achamos que não e que tudo será diferente, masssss, os erros se repetem. Dizem que “errar uma vez é humano, persistir no erro, é burrice”. Se eu seguir este ditado popular à risca, então já posso me considerar uma burra de carteirinha... hehe
Tudo bem que cada pessoa é única em nossas vidas e as situações podem ser muito semelhantes, mas jamais serão as mesmas em todos os seus pormenores. O pior é que a insistência sempre acaba vencendo a minha própria razão. Que coisa mais estúpida, não? E quando vejo, boom.... já eras! Way too involved again, baby!
Mas, não tem problema não... quando isso acontece, eu já estou mais do que acostumada... é só me levantar, sacudir a poeira que restou, erguer a cabeça e seguir em frente, esperando tudo aquilo que o futuro próximo guarda para mim!
Well, baby… here I go again… totally on my own…

Sunday, March 11, 2007

* Fernanda em fuga *


"I wanna run, I want to hide
I wanna tear down the walls
that hold me inside
I wanna reach out
and touch the flame
where the streets have no name..."
(Where the streets have no name - U2)
Engraçado... há dias em que precisamos nos esconder.. precisamos de um grande refúgio a fim de se isolar e poder pensar calmamente sobre o turbilhão de coisas que nos acontecem dia-a-dia.

Há dias, no entanto, que tudo que queremos é nos expor ao máximo, ficar perto de pessoas experientes para ouvir os conselhos mais sábios que podemos extrair.

Por outro lado, há aquele dia que você quer fugir do mundo e de si mesmo. Fugir dos pensamentos, dos sentimentos, das desilusões, das tristezas, das alegrias, enfim, tudo o que você quer é um vazio. Um grande vazio para um grande recomeço. O renascer. O ressurgir das cinzas como a fênix. Você quer esquecer tudo de bom e ruim que já viveu até então e recomeçar. Fazer amigos novamente. Morar num lugar diferente. Conviver com pessoas diferentes. Trabalho, roupas, casa, namorado.... tudinho diferente do de sempre.

Ah... quantos delírios novamente...

Wednesday, March 07, 2007

* Pingos nos "is" *


A Segunda-Feira mal começou e já estou sentindo que a semana será longa e interminável. Talvez eu tenha esta idéia, pois o final de semana foi curto demais. Eu precisaria de mais outras 48 horas para conseguir fazer tudo aquilo que eu havia planejado, mas, ao contrário disso, não consegui fazer nem a metade. No entanto, nem posso ficar reclamando, afinal, consegui fazer o mais importante: pôr os pingos nos "is" restantes de alguns e todos os pingos no caso de outros. Ufa! Que alívio... já estava mais do que na hora de resolver as coisas.
Aliás, desde o começo do ano que venho fazendo isso com todos aqueles que eu estava "em falta" ou que estava "em excesso". Tenho procurado ajustar as situações da melhor maneira possível para conviver bem com o outro. Claro que às vezes dou meus deslizes, mas acho que é normal a partir do momento que me considero um ser humano como qualquer outro, ou seja, passível de erros e acertos no cotidiano. A única coisa que me intriga a cada dia é que a tolerância para com o outro, no caso eu, tem sido cada vez menor por parte do lado oposto. Acho isso engraçado, pois eu sempre devo perdoar e tolerar pequenas falhas, mas o outro não pode aceitar um erro meu, ainda que não tão grave, por assim dizer. Triste também é ver que nos envolvemos com pessoas que achamos ser compreensivas, ou até achamos que serão diferentes em alguns pontos de vista, mas que, na verdade, também não passam de seres humanos que querem muito mais do que você pode oferecer ou até mesmo o impossível!
O importante dessa história toda e do meu curto final de semana é que a minha consciência ficou um pouco mais tranqüila, pois finalmente tive coragem de expor algumas coisas e guardar outras sem necessidade para o momento. Consegui falar aquilo que eu queria com clareza e deixar claro tudo o que me chateou numa relação que, agora mais do que nunca, parece algo cada vez mais longínquo. Pensei que este dia nunca fosse chegar, mas, mais uma vez, foi pregada uma peça em mim, mostrando-me que é possível as coisas se resolverem depois de certo tempo quando os nervos não estão mais à flor da pele e os pensamentos fluem com maior clareza e convicção.
Com tudo isso, também tive a certeza de que uma porta enorme se fechou atrás de mim e que eu não quero mais olhar pra trás, deixando tudo de maravilhoso guardado e, as partes não tão boas, jogadas ao vento, sem qualquer rancor ou tristeza. Os pingos foram colocados!

Tuesday, March 06, 2007

* Dropping quick quick notes *

I really don't know what has been happening with the world... everything seems to be upside down. I'm talking about this owing to some facts that just happened somewhere at Fernanda's little world that really shocks me and, at the same time, makes me feel really upset.

I really don't want to talk about somebody else's life, please, understand me, but I feel like exposing my view ahead the situation.

I do think if it's for the best for both, then it may be like this. And I do think the girl is mature enough to know better what is good or bad for her own life. Besides, I cannot judge neither one, nor the other one because I wasn't there and I am not aware of the whole situation. In addiction, I'm pretty sure that "the decision" hasn't been taken without a lot of thought in first place.

Unfortunately, some people don't see things this way and end up hurting others' feelings with stupid actions and meaningless words. It's sad 'cause after all we're together and we're supposed to act like a family: supporting each other, pointing the mistakes – but in a nice way and not imposing our likes and dislikes – trying to make the other feel better and also – why not? – give our shoulders to the other cry or the ears only to listen. Sometimes, people don't feel like talking about the issue and in this case it's important to remember that people are different and act differently in several situations. It's also really important to show that we're not talking about a baby who only cries when he/she wants to be fed. We're talking about a grown-up human being who has became an intelligent, beautiful and secure person, but on the other side, she is just a little girl asking for some comprehension.

I hope with all my heart that it all ends up well, without any hard feelings from both parts. And I do hope some grown-ups around grow up for real, get a life and start realizing that there are some people who need them more than they know.

* Just crazy thoughts *



"Vida louca, vida breve Já que eu não posso te levar Quero que você me leve..." (Vida louca vida - Cazuza)

Como já é de conhecimento de todos, eu penso mais do que deveria. Penso no hoje, no ontem, no amanhã... se eu vou me formar novamente, se vou suportar outros tantos anos de estudos, se vou conseguir empregos melhores, se vou prestar concursos públicos, se vou ter uma família, um marido, aliás, será que vou casar?! Fico pensando se não estou agindo como uma velha na idade que estou e, por outro lado, como uma menininha nas mesmas condições. Penso se o amor da minha vida está por vir ou se realmente ele já passou. Será que um dia vou reencontrar meus ex-namorados quando estiver velhinha e com netinhos por todos os lados da minha casa pedindo pra eu fazer aquela receitinha que a tia-avó deles deu? Aliás, será que vou ter netinhos?! Será que um dia eu vou casar e me divorciar e olhar pra trás e perceber que ele passou e eu percebi, mas nada pude fazer?! Será que vou reencontrá-lo um dia, nem que seja em outra vida?!

E... como seria se agora nós estivéssemos juntos? Será que de fato casaríamos e teríamos a "pequenina"?! Será que seríamos felizes?! Será que ele seria mais tolerante e eu mais paciente e menos desesperada?! E se agora, ao invés de tê-lo de volta, eu estivesse em outra, completamente diferente, com pensamentos soltos e sentimentos livres... amando o desconhecido e temendo pelo conhecido?!

E se eu virasse hippie e deixasse meus cabelos parecendo os de uma verdadeira juba de leão e saísse andando por aí pregando a paz e o amor livre. Ou até mesmo se eu virasse uma pessoa radical e cortasse o cabelo o mais curto possível, pintasse de roxo com mechas vermelhas e deixasse minhas unhas com cores eletrizantes tipo rosa choque? Poria um piercing enorme no nariz e outro na sobrancelha... usaria um coturno preto enorme e tatuaria meu corpo com tatuagens meio nada a ver.

Ou ainda se eu simplesmente fosse para o campo e levasse uma vida sossegada - isso me fez lembrar: "levava uma vida sossegada... gostava de sombra e água fresca...- tirando leite da vaca, comendo doce de leite caseiro, andando por entre as árvores, colhendo flores... Acho que tudo o que eu queria agora era um amor que me tirasse da minha essencial calma interior e me pusesse nos mais loucos limites... Meu Deus.... que viagem! Voooooolta agora pra vida real, menina! Vamos trabalhar!

Saturday, March 03, 2007

* Aproveitando o tempo *


"Tempo amigo, seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final."
(Sobre o tempo - Pato Fu)

A correria do dia-a-dia nos impõe fazer certas “estripulias” no trânsito. Eu, por exemplo, tenho a façanha de me “maquiar” (explicação das aspas: somente porque eu não sou uma pessoa lá muito vaidosa e o verbo maquiar pra mim é entendido como lápis nos olhos, rimelzinho básico, batom e gloss por cima e... só!) enquanto eu dirijo. Mas, não é só isso não, falo no celular, mando mensagens com o carro em movimento, dou uma estudadinha quando o trânsito ta ruim.... esta última semana até escrever alguns pedaços do meu resumo para a faculdade eu escrevi. O motoqueiro ao lado só me olhava com aquela cara de “Meu Deus... uma mulher no volante e, ainda por cima, tem a audácia de escrever sobre o mesmo!”. Além disso, consigo ler livros, revistas e jornais; gosto de me pentear (somente quando eu lavo o cabelo, se não o “sarará” se espanta demais), escrever o que tenho que fazer no dia seguinte (para isso o banco de motorista tem a grande função de carregar minha agenda)... e como umas guloseimas, afinal ninguém é de ferro, canto, danço e por aí vai.

Muitas destas coisas eu já vi diversas pessoas fazerem (não pensem que eu achei que fosse a única no mundo), mas, no dia de hoje, me surpreendi de verdade: parada no farol da Radial Leste que carregava um trânsito intenso, havia um carro ao meu lado, às 7:35 da manhã – aliás, um não, milhares deles, mas o que eu quero dizer é que houve um homem dentro de um carro qualquer que me chamou muito a atenção. Ele simplesmente estava com um aparelho de gilete fazendo a sua barba em pleno trânsito. Pasmem! Que perigo!!! Hehehe Um homem tirando pêlos da sua face em frente ao retrovisor, como se nada fosse... achei muito esquisito mesmo e até dei risada, pois a cena era um pouco patética... mas foi bom para começar o dia dando risadas e perceber que a cada dia que passa, as pessoas arranjam novas formas de aproveitar seu precioso tempo despendido no trânsito.

É, meus caros, esta é nossa vida “moderna” e corrida de todo dia! E viva a Sexta-Feira!!!

OBS: antes que você pense qualquer coisa, mesmo eu fazendo tudo isso, sou uma excelente motorista... as pessoas que andam comigo podem dizer... hehe

* Me, myself and I *

Thursday, March 01, 2007

* A eleição *

Ontem aconteceu uma eleição em sala de aula a fim de escolher o representante de classe... que coisa mais interessante. Logo de início, ninguém queria participar, exceto uma garota que já havia se comprometido com a classe. Eu digo se comprometido, pois enquanto não tínhamos de fato um representante, ela vinha fazendo às vezes de um: indo atrás de xérox, professor, criando o grupo da sala, etc.

Mas, enfim, o professor de Ética insistia na participação de, no mínimo, cinco pessoas, para que a eleição fosse legítima. Ninguém queria participar ou tinha receio, sei lá, mas só sei que eu, por muita insistência de terceirAs (tenho que enfatizar as meninas e até mesmo uns garotinhos...), acabei me inscrevendo como candidata, mas pedindo pelo amor de Deus para que ninguém votasse em mim. Não vou mentir que adoro essas coisas de representante, responsabilidade e tudo o mais, mas meu medo maior, era de me comprometer com algo que depois seria impossível de levar a frente por falta de tempo ou qualquer que fosse o problema. Admito: odeio assumir um compromisso que eu não possa cumprir da maneira que deve ser cumprido. Pois bem... acabei sendo convencida e, para não demorar mais tempo do que já estava demorando, acabei me inscrevendo. No fim, tivemos 6 inscritos: 4 meninas e 2 meninos. Nós tivemos que fazer os nossos respectivos discursos, aliás, nesta parte, preciso fazer um GRANDE PARÊNTESES: o pessoal na faculdade de Direito ainda tem muito o que aprender da língua portuguesa e do discurso, pois a quantidade exagerada de “tipo assim”, “meu”, “cara” era absurda. Chegava a ser mais ou menos assim: “Eu, tipo assim, meu, não sei.... posso fazer muito pela sala, tipo, eu tenho tempo e tipo, posso ir atrás das coisas, mas, tipo assim, acho que o fulando tem mais chance que eu, cara... mas, tipo, tipo, tipo...”... Urghhh!!! Irritante... quase desisti do meu voto verdadeiro – porque sim, eu não votei em mim mesma! – devido ao péssimo discurso. Fecha parênteses.


Mas, voltando ao discurso, fizemos nossos votos secretíssimos e, para minha completa surpresa, tive uma quantidade interessante de votos: 12 de uma sala de 70! Bem, pode não parecer muito para você, mas, para mim, que nem queria concorrer num primeiro momento e que não fiz um discurso “do outro mundo”, afinal, eu não queria ganhar, fiquei completamente surpresa com o resultado. Cada vez que eu ouvia o meu nome, eu ficava ainda mais feliz... será que passei alguma credibilidade para as pessoas?! Pois eu pedi aos meus amigos mais próximos que não votassem em mim... mas, não sei se eles votaram ou não, vai saber, né?!
Bom, acabei nem indo para o segundo turno, pois os candidatos que concorreram ao segundo turno tinham, respectivamente, 17 e 29 votos (puxa.. por 5, eu não vou para o 2º!!!! Ufa!!), mas o mais intrigante nesta história toda, pelo menos para mim, é que quando eu estava lá concorrendo, até me deu vontade de ganhar mesmo e virar uma representante. Bom, pena que já era tarde demais para repensar meu discurso e “reconvencer” meus amigos mais próximos de que eu seria a perfeita representante, mesmo trabalhando o dia todo e tendo apenas 30 minutos para me dedicar à sala toda.


PS: o professor disse que trinta minutos eram suficientes para muitas coisas... vai saber... hehe