Sunday, August 31, 2008

~ Era de Aquários ~


Ontem estava passando o filme do musical Hair. Não o assisti inteiro, mas fui assistindo algumas partes lembrando de quando nós montamos esta peça no colégio e com esta mesma ganhamos diversos prêmios no Festival de Tatuí.
Era 1998 e eu tinha acabado de voltar de um intercâmbio de 6 meses nos EUA. Nem sabia direito o que estava acontecendo, o pessoal do grupo de teatro já estava ensaiando a peça desde o início do ano com toda a preparação de praxe. Cai de gaiato. Nem sabia muito bem do que se tratava a peça, pois no alto dos meus 16 anos, nunca tinha ouvido falar em Hair. Mesmo assim, o diretor disse que eu poderia participar e lá fui eu.
A história retrata os hippies dos anos 60 no seu movimento "paz e amor" contra a guerra do Vietnã. É emocionante, cheia de músicas, coreografias e cores... uma verdadeira brincadeira com os sentimentos e toques humanos. Assistindo e ouvindo as músicas, comecei a pensar - meio que viajar, confesso - num mundo onde não existisse dinheiro, ganância, poder. Onde todos fossem iguais no matter what e fizessem o que realmente tivessem prazer. Um mundo onde as coisas não seriam tão difíceis, onde todos se entendessem, sem que existisse uma guerra para impor os limites. As pessoas fariam aquilo que "desse na telha" sem ser julgado pelos outros e não existiria preconceito, dinheiro, discórdia. A natureza estaria aí para ser utilizada, mas não para se obter lucro, pois este conceito não existiria, seria apenas pra viver bem. O trabalho seria algo prazeiroso e não martirizante. Cada um faria realmente o que sabia fazer e não fingiria ser algo que não é. A vida seria mais leve, com mais cores, com mais prazer... Um mundo completamente utópico, mas com pessoas felizes e cheias de vontade de viver, sem ver o que o outro tem ou deixa de ter, vivendo a vida com amor.
Maybe we should let the sunshine in a little bit more...


Friday, August 29, 2008

~ Florian ~

Acho que desistiu. Parou de sonhar e pôs o seu pé no chão. Jamais seria possível encontrar uma pessoa de quem você não tem nem o sobrenome. Não sabe aonde trabalha, aonde pode encontrar. Sabe aonde é a casa, mas não sabe o endereço. Sabe apenas chegar lá, mas é longe, não é possível. Nem de final de semana. Nem nunca mais. Nem nada.
Dizem que a esperança é a última que morre. Talvez não seja. Talvez tenha cansado e desistido de procurar pelo que não tem jeito.

Sunday, August 24, 2008

~ Notting Hill ~


- I can't believe you have that picture on your wall.
- You like Chagall?
- I do. It feels like how being in love should be. Floating through a dark blue sky.
- With a goat playing the violin.
- Yes - happiness isn't happiness without a violin-playing goat.

~ Cala a boca, Galvão ~

O jogo de vôlei masculino que passou nesta última madrugada não acabou muito bem para o time do Brasil. Muita gente vai falar que os "meninos" não se esforçaram o suficiente. Outros vão dizer que eles se esforçaram, mas, realmente, a seleção americana foi melhor... enfim... eu, particularmente, acho que o time brasileiro que entrou na quadra, não foi o mesmo que jogou os três sets depois. Parece que, de repente, um desânimo pairou e eles acabram deixando que os EUA crescessem em cima deles. No entanto, isso não quer dizer falta de esforço por parte da seleção.
Ao final do jogo, dava para ver a tristeza entre eles. Acontece. Os americanos realmente jogaram bem e venceram com todo o mérito. Mas o que mais me deixou impressionada e com muita raiva foi o irritante Galvão Bueno. Meudeusdocéu como este homem consegue ser insuportável. Até mesmo quando o Brasil ganha ele é irritante.
O jogo terminou, os jogadores desconsolados e o Giba, na saída da quadra, foi parado por um repórter da Rede Globo e não quis falar. Ele estava decepcionado e tinha todo o direito de sair da quadra calado até se recompôr de novo e, quem sabe, falar depois com a imprensa. Aí vem a "voz da experiência" do todopoderoso Galvão e diz que isso não era postura e que não é só quando se ganha que tem que falar. Quando se perde tem que falar com a imprensa também, etc, etc.
Que homem mais insuportável... seria muito mais fácil se, ao invés do Giba ficar quieto perante as câmeras, o Galvão calasse a boca e não falasse tanta besteira.

Thursday, August 21, 2008

~ Dirversão ~

Mr. Curiosity, esta é pra você!!!
Sim, sim, sim, você tem toda a razão, mas devo dizer que, mesmo assim, ainda continuo rindo!!! É cada uma... hahaha

Tuesday, August 19, 2008

~ Gente estranha ~


Gente estranha é assim: primeiro te liga do nada te convidando para ir tomar uma cerveja naquele domingão ensolarado que só você está estudando. A pessoa até abre uma exceção já que você, na época em que a conheceu, não tomava nadinha de álcool e acaba dizendo que, ao invés da cerveja, podem tomar um suco. Você, educadamente, recusa o convite, pois tem muita coisa ainda para pôr em dia.
A pessoa nunca liga. Nunca ligou, nem quando vocês estavam juntos há alguns anos atrás. Quando liga, é um milagre da natureza. Liga para convidar para sair com outros amigos tantos da época de faculdade. Até aí, ótimo... pelo menos a amizade restou. Mas ligar do nada, em pleno domingo para tomar uma cerveja? Foi bem estranho.
Enfim, depois deste episódio de "não tomada de cerveja", a pessoa que recebeu a ligação com tamanho estranhamento, fica devendo uma próxima ligação para uma possível saída. Nada demais, afinal, a amizade ainda continua. Mas ela acaba por não ligar.
Antes de sair de férias, porém, a pessoa que recebeu a ligação tinha um churrasco de despedida para ir e resolveu convidar o "menino-que-queria-levá-la-pra-tomar-cerveja" para o tal churrasco, afinal, queria uma companhia.
O meninoquequerialeválapratomarcerveja acabou não podendo ir ao churrasco, mas, em contrapartida, convidou a mesma para uma Festa do Chopp de uma faculdade. Ela foi com uma amiga e ele com duas amigas. Afinal, a amizade continua...
Na festa, entre um chopp e outro, umas brincadeiras aqui, outras lembranças ali, eis que ele se empolgou e beijou a mocinha. Surpresa, a mocinha retribuiu, mas nada entendeu, perguntando-se o porquê ele tinha dito que "não queria fazer isso, pois você está indo embora", sendo que ela ia, mas voltava em pouco tempo. Ela procurou esclarecer a idéia e ele falou - e repetiu inúmeras vezes - que quando ela chegasse para que ela ligasse pra ele. Claro. Por que ela não ligaria?!
Eles ainda se falaram antes de ela viajar. A pessoa que nunca liga, decidiu ligar para desejar boa viagem, pra dar tchau e para lembrá-la de mandar notícias quando chegasse.
Ela voltou. Mandou mensagem e nada. Dos dois últimos e-mails enviados, nada recebeu como resposta. Teimosa como só ela e incoformada com a estranheza das pessoas, resolveu ligar depois de uma semana. Ea pessoa mais simpática e brincalhona do mundo a trata muito bem... e?
- Volto pra SP na Sexta à tarde... vou te ligar pra gente fazer alguma...
- Beleza, espero você me ligar...
O tempo passa... a ligação que nunca veio. Nem a ligação, nem a resposta, nem a mensagem...
E depois ainda dizem que as mulheres que são estranhas... eu, hein?!

~ De boca bem fechada ~


Ouvi isso outro dia...
Temos dois ouvidos, dois olhos, dois orifícios no nariz e uma boca...
Sabe o porquê?
Porque devemos observar, agir, refletir, enxergar, sentir e ouvir mais e... falar menos!
Falar menos! É isso... preciso falar menos e agir mais. Se eu ficar falando tudo o que eu vou fazer não dá certo...

~ Sempre igual ~

E o seu problema sempre é maior que o de todo mundo.
Sempre você quer ser o centro das atenções, não aceitando dividir nada com ninguém, mas
podendo se dividir entre todas.
Do nada fica mau-humorado por causa de alguém que não vai parar de te infernizar a vida, assim como você não deixa de infernizar a vida alheia.
Quando bebe, fica carinhoso, outra pessoa. Fala o que tem vontade, olha nos olhos das pessoas, se emociona. Torna-se ser humano novamente. De carne e osso.
O que difere agora é que nem todas as pessoas acreditam mais nas suas palavras. Elas se tornaram apenas palavras que ficam nas entrelinhas de um caderno escondido nos escombros. Não são mais motivo de felicidade, nem motivo de tristeza. Apenas palavras que não fazem mais diferença.
Mesmo com tudo, as pessoas ainda insistem em te ajudar, mas não há mais nada a fazer. É você quem tem que decidir o que é melhor e mais correto... mas parece que sempre quer o que é errado, o que é ruim.
E é quando menos se espera, todo mundo é pego de surpresa, pois, no meio do abraço, um disparo.
Melhor deixar você ir embora de vez...

Tuesday, August 12, 2008

~ Se arrependimento matasse... ~

Quando se conhece uma pessoa interessante, tenta-se não perder contato com ela. Óbvio. A pessoa parece ser legal, tem uma boa conversa e você se identifica com o seu jeito. A partir disso, é muito fácil ter o contato desta pessoa para que a conheça melhor e a conversa continue se desenrolando. No entanto, nem sempre isso acontece.
Nos dias de hoje, manter contato com as pessoas tem sido muito mais fácil que antigamente. Fato. Há o telefone, os e-mails, as cartas, os sites de relacionamento e assim por diante. Tudo para facilitar a comunicação entre indivíduos num mundo em que as notícias correm e a globalização só tende a aumentar, diminuindo tanto o espaço físico quanto temporal entre as pessoas. E, mesmo com toda a tecnologia e facilidade, a pessoa se perde e não pede o que precisa.
Tudo seria muito mais fácil se a simples pergunta – você pode me passar o seu contato? – tivesse sido feita. Assim simples, sem cerimônias, sem complicações.
Seria fácil também escrever um bilhete e deixar na porta ou junto ao celular. O fácil, entretanto, tornou-se difícil e sem tempo de voltar aonde se encontraram primeiro e os mundos sendo assim distantes tornaram-se ainda mais distantes, criando-se um abismo.
Agora ela procura a comunicação que se arrependeu em ter querido perder. O laço foi desfeito, mesmo antes de ter se firmado, dando espaço ao falso desapego.
Adianta se arrepender?

Saturday, August 09, 2008

=(

How hard it is to be back to reality? It's been terrible. I only have been here for a little bit more than 2 days and I already feel bad. Depressed. No words to explain. What has happened to me? I have no clue! What is going on with my life? I feel like I'm completely lost. I really don't understand...
How hard it is for me to understand that eveything should get back to normal like it always happened before? I'm afraid things will never be the same again. Actually, I do believe they aren't going back to any normality.
I feel that this trip wasn't just "another trip", but a real watermark. I've changed and that's it. I acted very differently compared to what I'm used to everyday. I did things I never imagined and they did make me feel good. They made me feel alive again!
I feel so bored right now.

Thursday, August 07, 2008

~ Back to reality ~

Acabou. E que tristeza que eu senti na hora do adeus. Ainda não acredito que passou tão rápido... justamente agora que eu estava me adaptando a todas as moedas de diferentes tamanhos e valores. Agora que eu já estava amando Londres como a minha própria casa desde sempre. Reencontro com todos os amigos que lá foram moram por um tempo ou pelo resto da vida. Tristeza.
Ainda não estou conseguindo imaginar a minha vida aqui. Tudo e todos voltaram ao normal, menos eu. Estou me achando meio que uma estranha no ninho. Não estou entendendo o porquê da "não vontade" de voltar a minha vida antiga que era, até então, querida.
Queria ter ficado mais. Queria ter ficado até Dezembro.
E bem quando conheço pessoas diferentes e especiais, está na hora de vir embora.
Viszlát!

Monday, August 04, 2008

~ Iwi girl ~

Iwi and I met three years ago in an Italian summer course, in Rome. Since we met we became close friends and although she had already walked through the city of Rome, she accepted walk one more time with me so I wouldn't go by myself. When she was about to leave to Poland, she invited me to go there for 10 days. Of course I took this chance, otherwise when would I go to Poland?!
Anyway, I left Italy, I went to London for 10 days and, after that, I headed to Polska. We had the best time together. I got to learn some Polish and she had some Portuguese as well. It was great.
When I went back to Brazil, we still kept exchaging e-mails and messages with each other. Meanwhile she started dating this really nice guy who lives in London and then she moved to London after she graduated from her course.
This year, I decided to take an English course for young lawyers and this was the opportunity to meet her again because the course was in London as well. In the end, we not only met, but also planned to go to Paris together with another Polish friend of ours and it was incroyable!!! We ohad so much fun that the days passed by really fast.
Yesterday it was the last time we've seen each other at least for this year. Her boyfriend Billy made us some pancakes for breakfast and we talked about a lot of things, including our possible meeting in Brazil next year.
Although it was only yesterday, I already can't wait to meet them again next year!!! It's so hard to say goodbye when you don't want to leave. I said goodbye and tried not to drop a tear, but it was really hard.
After I turned the corner, I just could feel it and could not look back anymore.
I hate goodbyes.