Thursday, January 28, 2010

Just like a (stupid) child

De repente venho sendo tratada como se criança fosse.
Apesar de ser moleca, odeio ser tratada como criança.


E assim as horas passam e finjo outro dia que está tudo bem.

Monday, January 25, 2010

Mais do mesmo

E me alimento nas poucas palavras que são direcionadas a mim quando você tem vontade.
E me alimento de diálogos possíveis, diálogos inventados, diálogos esperados.
Não me importo.
Mas fico meio assim de estar gostando demais da situação. Ou, ainda, de estar me acostumando com ela.
Sei que não pode dar aquilo que eu quero; aquilo que eu espero.
Porque, se eu for ser sincera, a verdade é que eu quero mais. Mais do mesmo.
Sei também que não quer se enrolar numa teia; que quer ter sua liberdade preservada.

Mas sei que, no fim, é mais forte do que eu e acabo cedendo às minhas próprias vontades.

Gostaria de te ter mais perto, de poder sentir mais o cheiro e de poder compartilhar mais, sem medo.
No entanto, tenho a impressão de estar sempre caminhando na tênue linha do limite. Do limite para dar, para ouvir, para compartilhar.
Gostaria de poder falar mais. Falar sobre o que eu sinto, sem esperar dentro de mim qualquer reação sua. Gostaria de ser mais livre das minhas próprias sensações e esquisitices.
Gostaria de poder ser mais sincera, sem cobrar absolutamente nada.
Mas o sentimento de ‘não esperar’ já parece praticamente inalcançável para mim.
E espero.

Não espero rótulos. Não espero o convencional.
Não espero nada que não seja da vontade de um de nós.
Espero, sim, o dia em que haja compartilhamentos mútuos.
Espero o dia em que não esperarei nada em troca quando algo for dito.

Enquanto isso, continuo a me alimentar daquilo que me dá: apenas o seu possível para o momento.

Friday, January 22, 2010

Tédio.

Enquanto ela tomava aquele tradicional "chá-de-cadeira", se pôs a pensar em coisas aleatórias. Se sentou confortavelmente numa cadeira estofada e esperou.

Olha para as suas unhas, mexe no cabelo, cruza as pernas. Espera. Abre a bolsa e procura se entreter: arruma tudo no seu devido lugar. Coloca as moedas perdidas num lugar, os recibos em outro, arruma a necessaire e... nada. Abre a agenda. Anota todos os compromissos futuros, todas as aulas de yoga que estão por vir, organiza as contas pra pagar e... espera. Espera. Descruza as pernas e muda de lado. A posição já não está mais tão confortável. Olha o mapa da cidade de São Paulo à sua frente. Analisa. Resolve conversar por mensagens de celular. Manda SMS para as pessoas. Não recebe respostas. Espera. Espera. Duas vezes. Faz das suas mensagens verdadeiros monólogos, afinal as respostas não chegam. Fica incomodada por incomodar os outros. Entediada.

Alguém serve o café e a água. Toma bem devagar o café para ver se passa o tempo. Escuta as secretárias que conversam e riem alto na sala ao lado. Espera. Perde as esperanças. Não olha mais o relógio. E, mesmo assim, espera.

Suspira. Sonha. Perde-se. Recebe respostas concretas. Fica entretida novamente. Os monólogos tornam-se diálogos.


Escuta passos e a voz conhecida. Espera.


Após duas longas horas, ele chegou.
Espera mais 20 minutos. A bateria do celular não aguenta a espera e desliga.


Ela devia ter levado seu livro.

Wednesday, January 20, 2010

Sou legal, não tô te dando mole

Não mesmo!


E é aí que eu me pergunto: Por que as pessoas confundem simpatia com facilidade?
Por que confundem adimiração com querer algo mais, ir mais além?
Por que as pessoas esquecem a posição que elas ocupam e o que elas representam?
Por que trair?
Por que constranger?
Por que o mundo anda tão sujo?


Deu nojo. E indignação.
Desacreditei, mais uma vez, no ser humano.


Ainda bem que quando um não quer, dois não fazem.

Tuesday, January 19, 2010

Sobre as bizarrices humanas


Então é isso? É preciso ignorar, pisotear, tratar como se não existisse?
É preciso fingir que tudo está bem, que você não tem problemas e que não não quer compartilhar seu dia-a-dia?
É preciso engolir a raiva, pôr o ciúme goela abaixo e não se deixar levar pela possessão que grita lá dentro?
É preciso ser fria, segura e madura, sem fraquezas e nem tristezas? Sem TPM, sem mágoas, sem vontades.
É preciso não mandar mensagens, e-mails, recados ou qualquer coisa que o valha? Chá-de-sumiço... é isso?
É preciso não se deixar sentir, não se deixar levar, não se deixar fazer?
É preciso não sentir saudade, não gostar, não se deixar envolver?

Então é isso? É preciso se tornar um robô para se conseguir alguma coisa?



Ou o problema será eu, que sou sentimental demais?



(*) Foto: ":-))" por Alberto Calheiros

Monday, January 18, 2010

Freak like me

... And baby when you have the time I wanna tell you what is on my mind I gotta get it off 'cause it's so heavy

Friday, January 15, 2010

..Délice..

Estava em frente ao espelho. Distraidamente lavava as mãos enquanto outras mãos deslizavam pelo seu colo e abriam um botão após o outro da sua camisa. Os lábios percorriam seu pescoço desmachando-se em pequenos e doces beijos. E os arrepios subiam pela sua espinha até o pescoço... deixando um sorriso tímido e gostoso escapar por entre os seus lábios.

Thursday, January 14, 2010

Curiosa Alice


Alice quis cutucar mais uma vez o destino com a vara curta. Quis procurar o que tem no seu futuro próximo, sempre culpando a sua extrema curiosidade. Sabia que não ia ouvir bem o que queria, mas foi mais uma vez à cartomante. Ouviu, ouviu e ouviu. Saiu de lá digerindo todas as informações recebidas. Até agora não sabe se fica triste ou feliz ou se apenas espera as coisas acontecerem.

Alice devia ouvir mais seu sexto sentido.

Monday, January 11, 2010

Música da Semana

So if you really love me/Say yes/But if you don't, dear,/Confess/And please don't tell me/Perhaps, perhaps, perhaps/If you can't make your mind up/We'll never get started/And I don't wanna' wind up/Being parted, broken hearted

Friday, January 08, 2010

Rápido desabafo

O que se faz quando a sua vontade é de sair correndo de certo lugar?
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Ainda bem que eu tenho um blog para desabafar a minha loucura.

Thursday, January 07, 2010

Lado a lado?

Não eu não quero extremos. Não sonho com o casamento perfeito, com uma casa perfeita, com um marido perfeito, com filhos perfeitos, com uma carreira perfeita, com qualquercoisaqueseja perfeita. Nada disso. Sou bem pé-no-chão para determinadas coisas, mas eu tenho que admitir que faço planos para o futuro, como qualquer outra pessoa. Planos de carreira, de constituir uma família com alguém legal, de viagens, de estudos e afins. E não to pedindo para que tudo seja perfeito, pois por mais que se busque a perfeição, ela dificilmente é alcançada. Não to pedindo nada além do normal. Eu não quero ser brilhante em tudo o que eu faço, pois sou humana acima de tudo, mas também não quero ser um lixo ambulante alienado e sem vida. Quero poder ser eu mesma e ter sonhos, ainda que não perfeitos. Eu sei perfeitamente que não se pode ter tudo, mas acredito que alguma coisa a gente ainda possa ter. Sei também que no mundo em que vivemos hoje é praticamente impossível se conceber duas idéias juntas: família e carreira. A grande maioria das pessoas bem sucedidas abriram mão da sua família para chegarem aonde chegaram. Abriram mão do seu lado humano para se tornarem profissionais de alta qualidade e, consequentemente, disputadíssimos no mercado. Ou, por outro lado, abriram mão das suas carreiras para se dedicar integralmente à casa, aos filhos e à família. Não os culpo e muito menos os julgo, pois cada um sabe a escolha mais certa para a sua própria vida, mas ainda sim, reflito se é isso o que eu quero para a minha vida.

Todos nós sabemos que os tempos de "amélia" já se foram há muito e hoje em dia, nós, mulheres, temos funções acumuladas. Não basta sermos esposas, mães, empregadas da própria casa, ainda sim, temos que ter uma carreira. É quase que imposto, já não sendo mais uma opção nos tempos de crise. Não que eu ache isso ruim, pois não acho, afinal acabamos conquistando uma independência financeira (odeio ter que depender dos outros!) e uma liberdade maior em determinados aspectos, mas é aí que paro para pensar e me perguntar se não seria possível conciliar uma coisa com a outra de modo que ambas andassem lado a lado sem ter que haver uma disputa.

Não peço muito e nem os extremos, mas peço a média, a conciliação. Será que é possível?

Sobre perdas e valores

Quer dizer então que essa é a essência do ser humano: perder pra dar valor?!

Não só nos relacionamentos amorosos, mas como nos relacionamentos humanos em geral, nos deparamos com esse tipo de situação o tempo todo. Atualmente, vejo ao meu redor diversas pessoas se despedindo dos seus cargos em busca de algo melhor e mais produtivo. A pessoa está lá dia após dia trabalhando sempre na mesma coisa, com as mesmas pessoas, sem novos desafios. Sempre tudoigualnadamuda. Sem planejamentos, sem condições de crescimento, sem nada. Daí, um belo dia ela recebe uma proposta melhor e decide se despedir. E é nessa hora que o problema começa. É nessa hora que chovem contra-propostas de encher os olhos (e os bolsos!) de qualquer um e faz com que qualquer um balance. Além disso, vem a chantagem emocional... você tem tantos anos de empresa, conhece todos os nossos clientes... ou sem você a equipe perderá a sua identidade... você é uma peça estrutural na nossa empresa. Bullshit!

Quer dizer então que quando se está prestes a perder se dá valor? Não dá pra existir um incentivo, um meio-termo onde haja o bem-estar de ambos os lados para que não ocorra a perda? E não só na relação de trabalho, mas também nas relações em geral. Será que é tão difícil assim cativar as pessoas? Será que é tão difícil ceder um pouco para fazer o outro feliz?

Não sei, ainda tenho as minhas dúvidas. Mas ainda acho que tudo poderia ser infinitamente mais simples se parássemos para analisar o que há ao nosso redor e a quem realmente devemos valorizar. Depois, pode ser tarde demais...

Tuesday, January 05, 2010