Saturday, May 30, 2009

Cul-de-sac

Chega uma hora que não dá mais pra adiar a sua (in)decisão. Por mais difícil que seja, chegamos num ponto onde não há uma saída óbvia, mas sim, dois caminhos completamente opostos e temos que saber o caminho a ser seguido.

O meu impasse e a minha dúvida parecem ter terminado temporariamente (a menos que alguém faça com que eu mude de ideia mais uma vez). Há decisões difíceis demais de serem tomadas, pois qualquer decisão que eu tome eu sei que existe o impacto nos outros à minha volta. Não depende só de mim.

Não sabia se queria parar, se queria continuar, se queria mudar ou se queria ficar de uma vez neste emprego. Não sabia se poderia ir viajar, se não poderia mais, se tirava férias para o término da iniciação científica... se continuava na comissão de formatura, se jogava tudo pro alto... se ficaria ou não com ele, mesmo sabendo do risco de me apaixonar no meio do caminho.

Acabei escolhendo viajar mais uma vez a ficar aqui. Escolhi continuar no emprego atual. Escolhi dar um jeito e me matar logo para terminar a iniciação. Decidi me candidatar a presidência da comissão de formatura (e ganhei o cargo!). Decidi voltar a fazer algo que gosto muito: trabalhar com o humano, com o toque, com o carinho, com as crianças e os adolescentes. Resolvi ficar com ele e não com outro qualquer, mesmo sabendo dos "riscos".

Ainda não sei muito bem as consequências de cada uma das minhas escolhas, mas pelo menos posso garantir que já estou pronta para elas... seja lá quais elas forem.

Thursday, May 28, 2009

147 dias

Uhu! Que demais! Centoequarentaesetedias trabalhados para.... pagar impostos!

Isso é Brasil...

PS: comece a planejar o que fazer com o restante dos dias trabalhados, mas não esqueça de guardar um pouquinho, afinal, sempre há novos impostos a serem pagos!!

Wednesday, May 27, 2009

Livro (d)e trânsito

Ontem acabei de ler meu primeiro livro de trânsito do ano. Pode parecer loucura, mas eu tenho o meu "livro de trânsito". Morar em São Paulo é uma coisa. Se locomover em São Paulo é outra coisa completamente diferente. Já que o trânsito não diminui e, diga-se de passagem, só tende a aumentar, o melhor mesmo é arrumar um jeito de se descontrair e fazer com que aqueles preciosos minutos entre a primeira e segunda marcha e a looonga espera tornem-se úteis de alguma forma. Além de enviar mensagens SMS, tirar a sombracelha e me maquiar em dias mais inspirados, o meu jeito foi arranjar o "livro de trânsito". Acredite: o stress diminui e a você nem vê a hora passar...

Monday, May 25, 2009

One call...

... was enough to make me smile again and realize that, in the end, nothing was lost...

Saturday, May 23, 2009

And I ruined everything...


Não reparei na hora, pra dizer a verdade. Estava triste e nem sabia muito bem o porquê. Na verdade sabia, mas não queria confessar que era por causa daquele "fator" em especial. Mal entrei no carro perto das 23:00hs e comecei a dialogar com o rádio, já que estava sozinha com os meus pensamentos. Estava tão perdida em meio a tantas ideias e, de repente, percebi o que eu havia feito... já era tarde.

Desde ontem estava achando tudo muito estranho. Palavras atravessadas, jeitos esquisitos e a falta de comunicação estavam me deixando um pouco atordoada. Pensei que ontem era o diadosilêncio e tentei ficar o mais quieta possível para não atrapalhar e respeitar o espaço alheio. Mesmo assim, não deu certo.

Esperei o hoje e já, desde cedo, soube que não seria muito diferente de ontem. Tentei desviar os pensamentos, fingir que nada estava acontecendo, mergulhar fundo no trabalho ((o que acabei fazendo melhor que ninguém)), mas de nada adiantou. Grudou e aqui ficou. Pensei em falar.
Pensei em ficar quieta. Em agir. Em desistir. Em ligar, escrever, ligar de novo, não ligar, muito menos abrir a boca. Não sabia muito bem o que fazer. E lá veio outra crise de ansiedade. Aquela que não deixa eu pensar direito e quando vou ver... já foi.

Pois bem... a noite chegou e recebi a tão esperada ligação. Estava feliz por dentro, mas não conseguia expressar diante da tristeza que me acompanhou o dia todo. Queria ver, falar e saber as novidades. Queria contar os últimos acontecimentos... contar como minha irmã machucou a mão direita e eu tive que ajudar a criança a tomar banho ((confesso que me diverti demais)). Contar os elogios que tenho ganho por conseguir coordenar bem o meu trabalho. Contar as puxadas de orelha que também tenho levado, apesar de o trabalho estar "satisfatório". Contar que o dia foi cheio, apesar do meu vazio interno. Contar o quanto senti saudade daquele cheirinho único que só ele tem. Mas nada disso aconteceu. Ao contrário. Sem perceber e sem o menor controle, comecei a falar nonstop e quando vi, já eras.... falei demais. Falei o que devia e o que não devia e de repente ouvi um "desabafou?".

Parecia com pressa de desligar o telefone para não ter mais que ouvir... acho que eu, no lugar dele, faria exatamente o mesmo. Ou não. Nunca sei como reagiria comigo mesma.

Bem.... o fato é que eu não tinha encarado como um desabafo. Não tinha nem pensado no que tinha falado, apenas saiu... só fui me dar conta horas depois quando sozinha com o rádio dialoguei e percebi que sim, mais uma vez, eu tive medo... mais uma vez, I ruined everything....

Friday, May 22, 2009

Eleanor Rigby

Ah! look at all the lonely people. Eleanor Rigby picks up the rice in a church where a wedding has been, lives in a dream waits at the window wearing the face that she keeps in a jar by the door Who is it for? All the lonely people... Where do they all come from? All the lonely people... Where do they all belong? Father McKenzie writing the words of a sermon that no one will hear. No one comes near. Look at him working, darning his socks in the night when there's nobody there... What does he care? All the lonely people... Where do they all come from? All the lonely people... Where do they all belong? Ah! look at all the lonely people... Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name. Nobody came... Father McKenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave. No one was saved. All the lonely people... Where do they all come from? All the lonely people... Where do they all belong?

Wednesday, May 20, 2009

The wrong side of the bed


Quando você acorda in the wrong side of the bed, não adianta por a roupa mais bonita. Não adianta querer se maquiar, pois nem a maquiagem disfarça seu descontentamento consigo mesma. Não adianta querer fugir e muito menos querer esconder. Não adianta fingir que nada está acontecendo, pois está. Mas o que está? Não se sabe ao certo. Não dá para explicar.

Nesses dias é melhor ficar longe de tudo. E de todos. Ficar longe do celular para não ter ataques de ansiosidade. Para não pensar que a culpa é sua por todaequalquercoisa que acontece ao seu redor. Para não ficar esperando.

Melhor mesmo é ficar quieta, num silêncio magistral como se estivesse meditando. Meditando sobre as coisas, sobre a vida, sobre si mesma. Revendo os conceitos e tentando entender o porquê de tanta tristeza repentina.

Melhor mesmo é não ficar pondo caramilholas na cabeça, não escrever nada (porque quando escreve aos outros, escreve besteiras) e não ficar chateada por não receber a atenção que você esperava.

Melhor mesmo é voltar pra cama pra ver se amanhã você acorda in the right side of the bed e para de achar que o mundo está contra você.

Tuesday, May 19, 2009

Mais um...

... ataque consumista. Mas, desta vez, não vou engordar, afinal não ataquei tortinhas de maçã e sim, livros. Quem mandou o site fazer uma promoção alucinante e ainda não cobrar frete?!

Pelo menos algumas novas Clarices trarão novos sentidos para as estantes do meu quarto... (9isso é só pra convencer a mim mesma de que não estou sendo uma consumistaexageradaefrenética dois dias seguidos))

Monday, May 18, 2009

Sobre tortas e economias

O capitalismo com seu extremoconsumismoaoquadrado realmente nos incentiva a fazer coisas, no mínimo, exageradas... acabei de almoçar e pensei em comer apenas UMA tortinha no fast food mais conhecido do mundo que, pra piorar, é bem ao lado do prédio onde eu trabalho.

Chegando lá, por causa de uma bendita promoção (uma tortinha=R$3,00; duas tortinhas=R$3,99) acabei comprando duas (afinal não é todo o dia que se faz "tamanha economia") e, inevitavelmente, comendo as duas.

É, minha gente, por culpa do consumismo ainda viro uma bola.

Friday, May 15, 2009

I just don't know what to do with myself


Sometimes it's better to stay where you are and not move an inch for any reason.
Sometimes you just need to convince yourself that improvements in your life are going to do you good.
I've been sincerely trying to convince myself of a lot of things, but still haven't got it all figured out.
And then I realized how scared I am when it is all about CHANGES. I am not really found of changes, although I do like them. Complicated? Yeah, I guess so. I feel really complicated myself. I don't know how to deal with certain situations and in spite of knowing I have to have an attitude towards my future, I feel lost in my dreams, goals and everyday life. I guess this is the conclusion word: LOST.
The days are passing by and I really need to focus on something that sooner or later is going to change it all completely. I just don't know if I'm ready to jump.

Wednesday, May 13, 2009

Frase da semana

"Eight days a week is not enough to show I care..."*

Não consigo explicar o que está acontecendo... só sei que a sensação e que tenho andado (ainda mais) sorridente... e é isso o que realmente importa no final!


*fase Beatlemaníaca. Frase da música "Eight days a week"

Tuesday, May 05, 2009

Walking away


É tanto medo que não dá pra explicar. Uma coisa estranha que invade e aperta o estômago sem mais nem menos. Não tem qualquer sentido e não sei o porquê de sentir isso, mas sinto.

E não adianta (querer) fingir quando se é simplesmente transparente. Um gesto, uma palavra (ou falta dela), um olhar... já dizem tudo o que não deveriam dizer.

O problema não são as bobagens, mas a imaginação que se cria em volta delas. A nossa mente é extremamente fértil e, quando paramos para analisar, percebemos que a história já está perfeitamente montada, com começo, meio e fim e a conclusão já está formada como se os retalhos coloridos fossem colocados lado a lado para montar uma colcha sem fim.

Mais uma vez me deparo com o medo e a vontade se degladiando dentro de mim.

Medo de sentir, medo de me deixar sentir, medo de não sentir absolutamente nada.

Vontade de querer, vontade de estar perto, vontade de não saber.

PS: Não, não tinha a mínima intenção de deixar você curioso, mas acabei deixando.