Não reparei na hora, pra dizer a verdade. Estava triste e nem sabia muito bem o porquê. Na verdade sabia, mas não queria confessar que era por causa daquele "fator" em especial. Mal entrei no carro perto das 23:00hs e comecei a dialogar com o rádio, já que estava sozinha com os meus pensamentos. Estava tão perdida em meio a tantas ideias e, de repente, percebi o que eu havia feito... já era tarde.
Desde ontem estava achando tudo muito estranho. Palavras atravessadas, jeitos esquisitos e a falta de comunicação estavam me deixando um pouco atordoada. Pensei que ontem era o diadosilêncio e tentei ficar o mais quieta possível para não atrapalhar e respeitar o espaço alheio. Mesmo assim, não deu certo.
Esperei o hoje e já, desde cedo, soube que não seria muito diferente de ontem. Tentei desviar os pensamentos, fingir que nada estava acontecendo, mergulhar fundo no trabalho ((o que acabei fazendo melhor que ninguém)), mas de nada adiantou. Grudou e aqui ficou. Pensei em falar.
Pensei em ficar quieta. Em agir. Em desistir. Em ligar, escrever, ligar de novo, não ligar, muito menos abrir a boca. Não sabia muito bem o que fazer. E lá veio outra crise de ansiedade. Aquela que não deixa eu pensar direito e quando vou ver... já foi.
Pensei em ficar quieta. Em agir. Em desistir. Em ligar, escrever, ligar de novo, não ligar, muito menos abrir a boca. Não sabia muito bem o que fazer. E lá veio outra crise de ansiedade. Aquela que não deixa eu pensar direito e quando vou ver... já foi.
Pois bem... a noite chegou e recebi a tão esperada ligação. Estava feliz por dentro, mas não conseguia expressar diante da tristeza que me acompanhou o dia todo. Queria ver, falar e saber as novidades. Queria contar os últimos acontecimentos... contar como minha irmã machucou a mão direita e eu tive que ajudar a criança a tomar banho ((confesso que me diverti demais)). Contar os elogios que tenho ganho por conseguir coordenar bem o meu trabalho. Contar as puxadas de orelha que também tenho levado, apesar de o trabalho estar "satisfatório". Contar que o dia foi cheio, apesar do meu vazio interno. Contar o quanto senti saudade daquele cheirinho único que só ele tem. Mas nada disso aconteceu. Ao contrário. Sem perceber e sem o menor controle, comecei a falar nonstop e quando vi, já eras.... falei demais. Falei o que devia e o que não devia e de repente ouvi um "desabafou?".
Parecia com pressa de desligar o telefone para não ter mais que ouvir... acho que eu, no lugar dele, faria exatamente o mesmo. Ou não. Nunca sei como reagiria comigo mesma.
Bem.... o fato é que eu não tinha encarado como um desabafo. Não tinha nem pensado no que tinha falado, apenas saiu... só fui me dar conta horas depois quando sozinha com o rádio dialoguei e percebi que sim, mais uma vez, eu tive medo... mais uma vez, I ruined everything....
3 comments:
Foto: "ivhsmoogn", por Céu Guitart
Hummm, não pense que I ruined everything, pense que foi vc mesma, naquele momento. E, se livrar de um pouco de ansiedade não vai te fazer mal.
Luli... vc tem tooooda a razão! Ando mto ansiosa... eu juro que tinha melhorado, mas as coisas voltam do nada... sem mais nem menos!
Tentarei... juro que tentarei!
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