Sunday, July 25, 2010

Making extra room

Não sabia muito bem por onde começar. Apesar de ter ficado muito ansiosa para que ele ficasse pronto, não consegui mais mexer naquelas coisas amontoadas. Mas sabia que precisava fazê-lo em algum momento. Comecei pelas gavetas menores... e quanto mais meias inutilizadas, mais me empolgava em tirar coisas velhas de lá. Fui me surpreendendo com a quantidade de coisas desnecessárias que ocupam lugar na minha vida. Mais que meu quarto de tantas paredes, minha vida anda um pouco assim... cheia de coisas para as quais dou muita importância, mas que, no fundo, perderam seu significado de ser há algum tempo.
Não consegui terminar a arrumação neste final de semana - tem muuuita coisa espalhada ainda - mas consegui, ao menos, dar o pontapé inicial e tirar o velho e o que caiu em desuso e fazer espaço para que novos ares tomem conta.

A hora e a vez

Entre os meus testemunhos no orkut, eis que me deparo com algo que a minha irmã escreveu pra mim certa vez e que cai como uma luva em determinados momentos:

"Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de rapina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria...Cada um tem a sua hora e sua vez: você há de ter a sua."

A hora e a vez de Augusto Matraga (Guimarães Rosa)

Sunday, July 18, 2010

Exhausted

I've been trying to be away from my thoughts for the last days. I'm hurt and I feel that I have been betrayed for the 100th time. And I feel I can't take it anymore.

I know there wasn't another way, but this one. I knew it could happen some day, but I definitely was not prepared for this right now. I always expect that people will act the same way as I would, but no. They never do. Because humam beings are so unpredictable. You think you know them, you even fall in love with them and then, you just see the "ugly truth" right on your face.

Anyway, if he really was my friend and he really considered me as he wrote in that bloody e-mail message, he would have told me the truth and would not wait for me to see it with my eyes. I guess he just didn't expect we'd meet.

The truth now is that I've been working long hours, taking my body and mind to exhaustion. I realized I don't want to be sitting with myself, cause then I start thinking and then I start crying. I can't stop wondering why things have to be this way. Besides, I try to find what's wrong with me, what I've done wrong (again) and why I am such a non-datable person.

Anyway, I just wish I could disappear for sometime.

Sunday, July 11, 2010

About my real feelings

A gente vai contra a corrente até não poder resistir.

Não posso me enganar e dizer que não criei expectativas, pois criei. Esperei muito por esta noite e, particularmente, por esta festa, onde, supostamente, nos encontraríamos. Você perguntou inúmeras vezes se eu ia, mas, quando tive a certeza e a confirmação, você já não quis mais saber. Pois bem, nem assim desisti de vê-lo e, muito menos, de ir à festa.

Sabia que havia alguma coisa errada, pois não recebi mensagem alguma dele.... ainda sim, não precisei ficar inventando mil possibilidades para que ele não tivesse falado comigo ou o porquê ele ainda não tinha chegado, ou, ainda, o porquê ele não viria (a nossa imaginação nos prega peças nessas horas). Enfim, não precisei inventar nada. Outras pessoas que nem sabem dessa minha paixonite boba vieram me falar que ele estava lá. Desta forma, a única conclusão a que cheguei foi que ele, simplesmente, não queria me ver naquela noite e, assim, finalmente desgrudei do meu celular.

Na pista de dança, não conseguia não olhar para o lado sem que meus olhos o procurassem inconscientemente. Conversava com as pessoas com olhares distraídos. Quando, de repente, olhei para o meu lado esquerdo e o vi de longe. Inevitavelmente fiquei feliz, mas não quis chegar mais perto. Fiquei com receio. Não sei bem do que, mas tive um estranho receio e uma vontade de distância. Quando olhei pela terceira vez, vi que ele vinha na direção em que eu estava e não me mexi. Parecia que ele tinha me visto e sua expressão não era das melhores.

Quando chegou perto e me deu um demorado beijo na bochecha, tinha uma expressão estranha, a qual não consegui ler em seus olhos. Depois do beijo, olhei pra baixo enquanto arrumava meu vestido e foi quando eu vi que, na verdade, ele não estava sozinho. Estava de mãos dadas.
Não consegui mais olhar pra cima. Naquela hora, o tempo tinha parado, um momento rápido pareceu uma eternidade. Quando ele já tinha ido, olhei pra frente e meus olhos não se contiveram. Tentei retomar a festa da onde eu tinha deixado, mas as coisas estavam diferentes.

Mais tarde, ainda esperei uma mensagem, um “oi”, sei lá, qualquer coisa, mas nada tinha. Não o vi mais.

Tive diversos pensamentos antes da festa. Pensei em falar pra ele inúmeras coisas, pensei em não falar nada. Pensei em beijá-lo uma última vez, numa espécie de despedida. Pensei, pensei e pensei e, momentos antes da festa, não pensei mais nada. Achava que ia encontrá-lo facilmente, mas não o fiz. Achava que ia ao menos ter a oportunidade de conversar com ele, mas não tive. O nosso silêncio, naquela hora, falou mais alto.

Friday, July 02, 2010

Desde sempre



Sempre vai existir algo entre nós, algo que nos impeça de ser. Sempre vai existir uma prioridade, um compromisso, algo mais importante para ser feito. Uma vontade. Ainda que seja reprimida, ou, ainda, que quase inexista. Um querer falar sem palavras, apenas com o olhar. O olhar que não existe, os olhos que não se encontram. Um querer fazer não correspondido.

A verdade é que sempre há ao menos uma mesa. E, pior que isso, sempre vai haver mais que uma simples mesa de um restaurante qualquer que nos separa. Haverá um abismo, onde não há vontade e nem querer que sejam suficientes.