Saturday, May 31, 2008

~ Palavras ao vento ~

Querido B.
A verdade é que eu queria te ver hoje, pois estou com vontade de conversar, mas também de te beijar e te abraçar e ficar com você como a gente ficou um dia, pois foi muito gostoso.
Até queria tentar entender o porquê você fica meio estranho e parece até fingir que nada aconteceu, pois as coisas estão acontecendo... Ao contrário do que isso possa parecer, não eu não estou te cobrando, eu só queria saber se você também sente o que eu sinto ou se pra você o que acontece é uma coisa completamente normal, sei lá, nada demais, natural. Nós nos conhecemos há muito tempo, tenho uma enorme consideração por você, mas, ao mesmo tempo, parece que eu não te conheço nada! Não sei o que deve se passar na sua cabeça com relação ao que acontece entre a gente, com relação a mim... que você não quer se envolver comigo eu já sei e acho que é isso que eu quero com você também... no entanto, o que acontece com a gente é uma coisa meio que de pele, não sei se você me entende, e eu não acho isso ruim, na verdade, eu acho até que é muito muito bom. Aliás, aquele dia que você veio me ver, não queria mais te deixar ir embora... queria que ficasse, e ficasse...
Talvez algumas coisas ainda sejam parte de um enorme tabu pra mim e eu tenha medo de perder você como meu amigo apesar de tudo.
Por outro lado, meu desejo é grande, afinal sou de carne e osso e a intimidade que eu tenho com você posso dizer que tem sido difícil eu conquistar com outra pessoa.
Bom, como não consigo falar isso pra você que fique aqui então meu depoimento para que você saiba que eu me importo muito e que eu gostaria de saber o que está se passando aí dentro de você.
Adoro muito você e pode ter certeza que você é uma pessoa inesquecível e mais do que especial na minha vida... simplesmente por ser o pentelho de sempre.
Adoraria poder te falar algumas coisas que eu sinto e que não sei qual seria a tua reação.
Um beijo,
P.

Sunday, May 25, 2008

~ Reencontro ~

Certas coisas simplesmente não se explicam, apenas são sentidas. Sentidas por dentro, como se a chama ardesse e o corpo gritasse. Gostinho de quero mais...


Sunday, May 11, 2008

~ Friends ~


"É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas"
(O pequeno princípe - dizeres da minha nova caneca de café!)
De vez em quando é necessário resgatar algumas coisas que ficam esquecidas no dia-a-dia: o tempo com os amigos!
Como é bom ver que ainda existem pessoas que gostam de você e te aceitam do jeito que você é e ver também que você mudou, mas não mudou tanto assim, pois algumas coisas são simplesmente a sua essência.
Percebi em poucas horas que sinto falta de abraços verdadeiros, de pessoas que realmente têm sangue correndo nas veias e que, simplesmente, sentem. Pessoas que vivem em mundos coloridos, com roupas coloridas, com papetes e meias e colares e cachecóis... enfim, percebi que no meu mundo sério terninho-sapato-calos-preto-cinza ainda cabem todas essas outras cores dentro e fora de mim. Ainda tem um sangue quente correndo pelas minhas veias que clama por viver e vivenciar experiências... conversar, trocar idéias, sentir. Apenas sentir como se nada mais importasse. Como se o mundo racional tivesse ficado lá fora da porta e eu estivesse aqui dentro, quentinha, sentindo a vida chegar e não apenas passar pelos meus olhos como se fosse um filme.
E é bom sorrir, é bom ter pessoas ao redor, é bom demais falar besteira, brincar e esquecer que existem coisas tão sérias por alguns momentos. Seja num café da tarde com um bando de mulher lutando pra falar e pra comer e se deliciar com tantas guloseimas, seja no meio de um shopping frio, tomando café, tirando fotos e lembrando, relembrando e contando histórias recentes e antigas de um tempo que passou, mas que marcou.
Acho que me senti mais completa este final de semana. Simplesmente mais humana.

Tuesday, May 06, 2008

~ Under the same roof ~

Eu sei que consigo ferir as pessoas com atitudes e palavras quando bem entendo. E, especialmente, eu sei como feri-la, assim como ela também sabe exatamente aonde tocar.
Normalmente existem lágrimas intermináveis, tristeza e arrependimento. Normalmente, mas não desta vez.
Desta vez não houve sequer uma lágrima para contar o que viu. Não houve arrependimento, pois não me arrependo de uma só palavra, principalmente depois de ouvir a maravilhosa comparação que ela fez... e ainda tive que escutar que eu me prendo “a coisas pequenas”. Vai ver que me prendo mesmo, mas, ainda sim, essas coisas pequenas fazem parte da minha vida, já as coisas às quais ela se prende, não fazem parte da vida dela, mas fazem parte daqueles que a cerca todos os dias.
Daqui pra frente, então, vai ser assim mesmo? Morando sob o mesmo teto, mas sem diálogo, sem conversa, sem absolutamente nada, pois eu não faço questão. Aliás, já faz um tempo que não conto os meus segredos para ela e não vejo mal nisso, afinal, ela não é minha amiga. Pode me conhecer como ninguém, mas não conhece os meus segredos mais profundos.
Não sei como as coisas chegaram neste ponto, só sei que chegaram e não sei o porquê não faço questão de sair, ainda mais depois do que eu ouvi. Doeu, mas não como das outras vezes, afinal, vai ver que eu já estou um pouco calejada em determinados assuntos. Assuntos que, por sinal, são proibidos entre nós e ela sempre alegando coisas e mais coisas, inventando desculpas cabulosas e sempre protegendo, pois a outra sempre está certa em seus atos. Eu é que sou a errada da história.
E mais um dia se passa na casa do portão vermelho.