Tuesday, December 30, 2008

~ Tá acabando ~


Doismileoito está mesmo indo embora. Aos trancos e barrancos, mas está. Apesar de o mês de dezembro ter simplesmente corrido e escapado rapidinho, parece que estes últimos dias estão se alongando, custando a passar. Parece que doismileoito não quer ir embora, afinal, além de possuir um dia a mais por ser ano bissexto, terá um segundo a mais (veja aqui).

Eu, sempre adepta às retrospectivas, não podia deixar de escrever as minhas impressões do ano mais longo dos últimos tempos...

O meu início de ano foi meio atribulado, meio que querendo fazer tudo ao mesmo tempo – como sempre – e não sabendo muito bem pra onde ir. Muitos à minha volta se foram para o exterior por diversos motivos, me deixando ainda com mais vontade de ir também. Passei por alguns começos como de um novo estágio e uma iniciação científica. Acabei me envolvendo um pouco mais em atividades da faculdade. Senti dor, vazio, fiquei ainda mais perdida, não sabendo o que fazer. Parte das minhas raízes se foram junto com a ida inesperada da nonna. Outras raízes ficaram, mostrando um outro lado pra mim.

O divisor de águas veio, curiosamente, junto com o meio do ano: a viagem! Londres e os outros lugares por quais passei me fizeram enxergar um lado meu que nem eu mesma imaginava que existia. Não só os lugares, mas as pessoas que me acolheram me ajudaram de diversas formas, às vezes sem saber, outras por querer, mas me mostraram que as coisas podem ser bem diferentes da realidade que estava acostumada a viver.

Fiz novas amizades (pasmem!!! hehe) e aproveitei para cultivar as minhas amizades antigas que estavam adormecidas. Deixei de lado pessoas que não mais fazem parte da minha vida. Senti muita saudade e ainda sinto de quem está longe. Fiquei arrependida de ter feito algumas escolhas, mas sei que no futuro eu terei que entender cada uma delas. Acabei dando novas chances e perspectivas a mim mesma e chorei lágrimas intermináveis por doer o meu crescer.

E mesmo de mau-humor, chata, cansada e beirando mais um ano de “experiência”, quero abençoar o novo ano que está por chegar e esperar que tudo seja bom ou ainda melhor e que as coisas ruins fiquem pra trás junto com doismileoito e as coisas queridas continuem aqui, no meu coração.

Feliz 2009 a todos =)

Friday, December 26, 2008

~ A melhor parte ~

A melhor parte do meu natal foi aquela em que, pela primeira vez, pude conversar com ele da forma mais sincera que pude. Mostrei a ele que o desânimo existe, mas que não podemos desistir. Que tudo que ele me fala precisa ser aplicado à sua própria vida também. Que não importa o que digam, nós acreditamos nele (e olha que dizem muitas coisas por aí...) e sabemos o esforço diário que ele faz para nos manter da forma que somos mantidas. Que ele não pode ficar entrando no jogo dela na frente dos outros, pois o lugar de lavar a roupa suja é só lá no tanque de casa. Que ele precisa ser mais racional (olha quem fala!) e menos emocional quando se trata das acusações das outras pessoas. E que ele só não é meu herói, pois ele é muito mais que isso: é meu pai!

Thursday, December 25, 2008

~ Então é natal... ~


Antigamente o natal era a data mais esperada do ano por mim... ou uma das mais esperadas se comparada ao meu aniversário! Adorava ir à loja da minha avó ajudá-la e preencher inúmeros cartões de natal para todos meus amigos e família. Ficava na frente da loja vestida de "mamãe noela" distribuindo balas para as criancinhas que passeavam com seus pais apressados pela calçada.

A preparação com os presentes das irmãs, dos pais e todo o resto da família começava quase que um mês antes, analisando o que seria mais legal e/ou necessário de dar para cada um.

Na noite de natal, nos reuníamos na casa da nonna e lá ficávamos todos até depois da meia-noite. Sempre comíamos o macarrão preparado pela nonninha e depois de uma oração e os abraços natalinos desejando um feliz natal, fazíamos as trocas de presentes na presença de um papai noel bem-humorado que, por vezes, até italiano falava!!

Eram natais lindos e deliciosos. Mágicos até. Hoje, entretanto, a magia escapou dos meus olhos em algum lugar... a noite de natal que antes era tão esperada, agora não tem mais a graça e magia de antes. Perdeu-se essa parte em algum lugar onde não consigo encontrar.

Dentro de mim não restaram muitos sentimentos, apenas um sentimento estranho (e um sono incontrolável...).

Sunday, December 14, 2008

~Impressões ~

Às vezes a minha impressão é de que algumas pessoas são ou se tornam amorosas, simpáticas e/ou divertidas comigo por outros interesses.

Às vezes a minha impressão é de que somente quando alguém precisa de alguma coisa, fala comigo do jeito que se deve conversar.

Às vezes a minha impressão é de que as pessoas não dão valor para os meus sentimentos... na verdade, esquecem que eu também sou humana e, desta forma, tenho sentimentos como qualquer outro...

Às vezes a minha impressão é de que fico tanto tempo entre pessoas mais novas que esqueço da minha própria idade. Esqueço de mim, dos meus princípios e acabo vivendo como todos os outros.

As minhas impressões podem até estarem erradas, mas é assim que eu tenho visto algumas pessoas ultimamente. Infelizmente.

~ I. Astral ~


Aparentemente o inferno astral veio com bastante força. Com tanta força que até minha inspiração tem levado consigo. Por isso ando sumida, ando preguiçosa.

Repensando minha vida, meus conceitos, minhas atitudes e vendo se tudo o que tenho feito so far tem valido a pena.

Fiz uma escolha neste ano que não sei até onde estou tendo que arcar com as conseqüências... aliás, uma não, diversas escolhas, aparentemente definitivas e sem tempo para voltar. Tenho que suportar, não vai ter jeito.

Agora, neste momento de limpeza interna, chegando aos vinteeseteanos, preciso tomar mais algumas decisões... e arrumar a casa - literalmente - que parece ter sofrido um pequeno estrago com um tufão qualquer. Tá tudo de perna pro ar.

A vontade - ou falta dela - não deixa.

Um dia recomeço....



Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte,
E segui o caminho para onde o vento soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e assim quero que possa ser sempre -
Vou onde o vento me leva e não me deixo pensar
((Alberto Caeiro))

Friday, December 05, 2008

~ Yupie ~


O pessoal vinha reclamando que eu andava muito deprezinha, chatinha, pra baixo... muito na correria, sem tempo pra nada. Tudo, ou ao menos boa parte, verdade...
Então, para alegrar meu cantinho, vim pagar um micão enorme e postar minha fotinho da última festa à fantasia... Minnie Mouse!
Me diverti demaisssss!


PS: as provas finalmente acabaram!!! Yupie!

Friday, November 28, 2008

~ Not a good impression ~


Se me perguntassem na data de hoje o que acho de mim mesma, me achariam, no mínimo, uma fraca, pois seria assim que eu me descreveria: FRACA.

Uma única coisa que acontece na minha vida e eu já posso perceber que os sintomas não são de hoje, mas já vêm de muito longe e só eu não tinha percebido.

Sinto-me fraca por não conseguir alcançar as coisas que eu quero e do jeito que eu quero. Por não ter a força que meu pai teve quando era mais novo e ainda hoje, mesmo estando mais velho, continua seguindo em frente firme e forte.

Vivo falando para as pessoas ao meu redor que elas devem estabelecer as prioridades na vida delas, mas e eu? Estabeleço, por um acaso, as minhas prioridades? Acho que não. Se analisar bem, até estabeleço, mas a cada dia, a cada momento, não tendo uma prioridade certa por muito tempo.

Chegou num ponto em que não sei se devo me dedicar ao que eu mais gosto de fazer que, até onde eu sei, é estudar (e que tenho feito mal e porcamente), ou se devo me dedicar ao meu trabalho de estagiária onde eu praticamente pago para trabalhar (mas a experiência é o que conta, minha filha), ou à representação da sala (enviando e-mails aos montes para aluno, professor, coordenador, secretaria, representantes e pra quem mais for preciso e ligando, indo atrás, correndo escadas abaixo)... ou ainda posso me dedicar à minha iniciação científica (isso mesmo, aquela daquele post antigo que eu nem imaginava que eu ia conseguir saber o tema e agora que eu sei, não tenho feito muita coisa para estudá-lo), ou se me dedico à monitoria (que, pelo menos para este semestre acabou... que alívio!), ou à representação estudantil na Congregação (órgão máximo da minha faculdade), ou ainda à nossa comissão de formatura!

Além disso, posso escolher entre a yoga, a terapia e os meus 1.500 amigos no orkut.

E aí é que eu paro e me pergunto: afinal, por que tudo na minha vida tem que ser tão exagerado? Em tão grande quantidade? Por que eu não consigo fazer uma coisa de cada vez?

Eu também não sei, mas só sei que o ponto em que as coisas chegaram não está me deixando nada feliz comigo mesma. Cansei de ser fraca e não conseguir fazer as coisas do jeito que eu quero.



I just feel completely lost.

Tuesday, November 25, 2008

~ Fim... ~

As provas mal começaram e já anseio pelo fim de todas. Fim de tudo: do ano, do trabalho, da faculdade, do cansaço, dos meus 26 anos...
Quero férias!

Saturday, November 22, 2008

~ Sweet Sweet November ~


My sweet sweet november, couldn't be any sweeter
Actually, it could, but I'm happy the way it is right now
Lots of things going on... break-ups, works, parties, surprises and farewells
And I just loved the way things went
Loved the way people looked at me at this month
The nice and different smells I could share
And the nice little words that I could hear
The good tastes I had
And the good surprises with no tears
It was surprising and amazing
But it was only it
Because it's november and everything was permitted
And now it is coming to an end
Just like the flavour that a good kiss leaves in your mouth
And leaves me with that sweet taste
The sweet taste of november...

~ Choque ~

A arte de chocar as pessoas.

Sempre assim. Você faz tudo certo, tenta ajudar todo mundo, sua benevolência transborda e você suspira.

Olha por todos, pensa em todos, faz coisas contra a sua vontade e aí, tudo fica bem. Para os outros.

Um dia você cansa e pensa em experimentar o outro lado. Pensa em ser mais permissivo, mais solto e se deixar levar por outras oportunidades que sempre lhe são oferecidas e você sempre as nega. Não liga, não se arrepende, não se ressente. Mas os outros - sempre eles - se ressentem pelas suas atitudes. E ficam chocados com os resultados que você pode apresentar.

Pra mim, nada de errado... para eles, tudo.

Conhecemos as pessoas de um jeito e achamos que elas vão ficar daquele jeito até o fim da vida, com pequenas mudanças, sem criar grandes conseqüências. Sorry to disappoint you, but this is not the way it is.

A mudança, às vezes, é necessária e vem de dentro pra fora. Quando externada, causa estranhamento, ciúme e até um pouco de cara feia.

A inocência vem dando lugar à malícia e ao jogo de cintura. Sem problemas.... é assim que se começa a chocar as pessoas que acham que te conhecem, quando nem você mesmo sabe aonde deixou a identidade se perder...

Sunday, November 16, 2008

~ Amanhã recomeço ~

Eis meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê nos bichos
e duvida das coisas.

A cola se dissolve
E todo seu conteúdo
De perdão, de carícia,
De pluma, de algodão
Jorra sobre o tapete,
Qual mito desmontado.
Amanhã recomeço.

Trecho do poema "O Elefante", de Carlos Drummond de Andrade.


Poema trazido pela minha irmã do meio que, de tanto estudar e ler, anda trazendo um pouquinho de mim de volta. Anda trazendo um pouco de poesia à minha vida, um pouco de cores, um pouco de luz. Tudo que eu deixei pra trás completamente em função da minha "nova opção de vida".

~ Mudanças ~

Ontem encontrei com uma amiga que me disse que as mudanças deveriam ser feitas antes do ano novo para que o ano começasse novo e não por mudar.

Achei muito pertinente a idéia e resolvi a começar a minha mudança.

Mudei o template, as cores, as fotos... simplesmente mudei.


E isso é só o começo.

Friday, November 07, 2008

~ Fulana-de-tal ~


Numa dessas conversas com as amigas que não via há algum tempos, minha amiga Fulana-de-tal resolveu que contaria tudo à elas, tim tim por tim tim, já que as notícias andavam desatualizadas. Resolveu contar como seus últimos meses estavam sendo, como tinha conhecido aquele gatinho novo tudodebom, como acabou ficando com outros já conhecidos de longa data, como tinha passado de férias, como andava trabalho, casa, família, cachorro, papagaio... enfim, resolveu passar por cima de tudo, inclusive da sua vergonha interna, e contar também como havia sido uma das suas maiores recaídas e, conseqüentemente, burradas da vida.

Pois bem, após tudo posto às claras, vêem os conselhos e as conversas que fizeram a Fulana-de-tal ficar pensativa e pesar todos os prós e contras de uma possível conversa séria com aquele que lhe tirava o sono.

A fulana então pensou, pensou, pensou e pesou muitas coisas na balança e acabou não decidindo o que ia fazer... Resolveu, então, esquecer de tudo (inclusive das cores do mundo) e ir para uma master blaster giga festa que teria no final de semana pós-conversa-com-as-amigas.

Na festa que, segundo ela, foi a melhor de todos os tempos, aproveitou e dançou a noite inteira. Bagunçou, encontrou amigos, ficou com o cara mais lindo da festa que, ainda por cima, não bastando ser lindo era o seu sonho de consumo desde que o conheceu há anos atrás (e como eu já ouvi falar do dito cujo! Afe!), enfim, foi "a festa". Não bastando isso, num determinado momento ela decidiu que enviaria uma mensagenzinha para aquele carinha que não falava há um tempo. Sim, aquele mesmo da conversa com as amigas e da possível conversa séria um dia desses e, para sua completa surpresa, ele respondeu. Resposta vai, mensagem vem, estavam se falando no telefone e ela confessou que eles precisavam conversar.

Ficaram de se encontrar, sendo que ele ia ligar (e desde quando eles ligam pra discutir relacionamento, hein, Fulana?! Jamé!). Ele até ligou, segundo ela, mas quando iam marcar de fato o dia, hora e local, pra variar, o carinha desapareceu.

Como a fulana já tinha se decidido e assim seria de qualquer forma, não podendo passar mais nenhum dia em branco, conversou novamente com as suas amigas-super-poderosas e chegou à conclusão de que, com ou sem encontro, isso não podia mais ficar assim.

Fulana-de-tal, com toda a sua falta de forças (ou será auto-defesa e medo de deixar o que já é mais que conhecido?) acabou escrevendo para o carinha um e-mail gigante, cheio de detalhes que talvez ele nem tivesse idéia que existissem e, o final dele, era mais ou menos assim:

Quero que você esqueça meu número de telefone, meu endereço, meu e-mail, enfim, tudo. Por favor, não me ligue mais (nem de números estranhos), não me mande notícias, absolutamente nada. Caso você me ligar, desculpe, mas eu vou ser grossa com você e vou desligar o telefone na sua cara. Não, não é da minha natureza fazer isso, mas acho que chegou a um ponto que eu preciso da sua distância total e do meu desapego para eu me curar de vez e poder seguir minha vida. E, desta vez, é pra valer.

Disse ela que doeu demais. Disse, também, que ainda soltou algumas lágrimas, mas que não tinham mais importância, afinal tinha que ser assim.

Acho que agora sim eu posso acreditar que as coisas vão mudar. Fulana-de-tal fechou a porta. Finalmente.

Wednesday, November 05, 2008

~ Overflow ~

There is too much going on, and I'm not sure the way I feel about it all.
I just hope that my anxiety doesn't blow anything.

~ 'Wow'bama ~


Barack Obama - novo presidente dos EUA

~ Estagiários ~

Digamos que alguns escritórios grandes de São Paulo andaram se reunindo para discutir a nova lei dos estagiários e chegaram a uma ótima conclusão (pelo menos ao ver dos estagiários):

* Os atuais contratos de estágio serão rescindidos e novos contratos serão celebrados para que estejam ajustados às disposições da nova lei;
* Não haverá qualquer alteração no valor das bolsas de estudos;
* Os estagiários passam a ter jornada de 06 horas diárias ou 30 semanais a partir do dia 01/12/2008;
* Como regra geral, os horários para os estudantes de Direito serão os seguintes: (i) das 10h às 18h, com intervalo das 12h às 14h; (ii) 10h às 17h30, com intervalo das 12h30 às 14h; e, (iii) das 14h às 20h15, com intervalo de 15 minutos;
* Auxílio-transporte no valor de R$ 120,00 por mês;
* O seguro contra acidentes e o vale-refeição continuarão sendo concedidos, ficando também mantidos os valores atualmente praticados;
* Em dias de prova, a carga horária será reduzida e o estagiário deverá informar previamente o período de provas;
* Os contratos de estágio celebrados sob a égide da nova lei não poderão perdurar por mais de 02 anos, exceto em se tratando de estagiário portador de deficiência, em relação ao qual a nova lei não impõe tal limitação;
* As condições específicas em relação a cada estágio estarão estabelecidas nos respectivos contratos de estágio;
* Recesso de 30 dias ou proporcional para quem tem menos de 1 ano e com 1/3 de abono.
Diante de tudo isso, desculpa, mas tenho que admitir: ESTOU MORRENDO DE INVEJA!

Tuesday, October 28, 2008

~ The way it should be ~


O final do ano vem chegando e, com ele, toda a parafernália de sempre. Vem tudo junto meio que pra sufocar, meio que pra testar teus limites, meio que pra ver até onde as coisas vão. E elas, simplesmente, continuam indo.
Estamos há menos de dois meses do Natal e as coisas típicas de final de ano já começam acontecer. Primeiro as luzinhas invadem as principais ruas comerciais, depois as árvores começam a ser montadas numa coisa meio que bolinha, pisca-pisca, enfeites e festões, presépios são espalhados e as compras intermináveis e assustadoras começam a ser feitas. Mesmo assim, o seu dia-a-dia não muda em nada, como se nada tivesse acontecendo.
Sem pensar muito, você liga o piloto automático e engata a primeira. Foi dada a largada. O sono é absurdo, pois seu cachorro que nunca late passou a latir a partir de domingo e ontem ele resolveu que às 3:00 da manhã era um bom horário. Bem embaixo da tua janela. Junto a isso, você não consegue acordar no seu horário normal, pois o tempo mudou, o trânsito mudou, sua canseira continuou e, mesmo pensando em desistir de tudo e ficar mais um ínfimo momento na sua cama, você se levanta - atrasada - e vai se arrastando até o chuveiro.
Como ficou parada horas no cabuloso montante de carros, você ainda consegue ler o jornalzinho gratuito que te entregam no começo da tua viagem. O jornaleco meio que te olha como quem diz: serei teu commpanheiro daqui pra frente! E você aceita, afinal, não tem mais nada o que fazer de interessante.
Pior que te ohar com a cara de sem-vergonha e você abrí-lo e descobrir que não há nada de bom: os preços tendem a aumentar, a bolsa logo logo vai quebrar com seus índices baixíssimos, o dólar sobe, a inflação piora, cabeças vão rolar logo no início do ano e por aí vai. Até a Amy-casa-de-vinho finalmente vai pra rehab, apesar de se negar até quase a morte. Aliás, segundo o jornalzinho existe um site onde as datas corretas à pergunta When will Amy Winehouse die? ganham um Ipod Touch. Pra você ver como o mundo anda "engraçado"...
Por causa do atraso e do acúmulo chamado trânsitocríticodefinaldeano, você pega o maior tráfego de carros no seu caminho e chega atrasada ao escritório. Delícia. Seu mau humor já escorre pelos fios de cabelo e você ainda tem que olhar para o lado e ver que nada diminuiu na sua mesa - mesmo agora que você mudou de lugar e ganhou mais espaço - pelo contrário, tudo aumentou: a quantidade de papéis, pendências, pastas, livros, post its everywhere... menos teu salário cretino. Mais uma vez, tudo "engraçado".
Junto com o final do ano, vêm também as provas finais, as preocupações de final de semestre, as entregas de trabalhos atrasados e, enfim, talvez, férias das aulas. O décimo terceiro também vem e será logo comido pelas suas dívidas, sua poupança já eras e seu dinheiro para a gasolina idem, mas tá tudo bem.
Enquanto isso, no reino de faz-de-conta, você finge que está tudo bem, toma um chacoalhão daqui, uma bronquinha de lá e vai vivendo.
Conhece alguém assim?
Don't feel lonely... it's just the way things shouldn't be!
(*) foto por António Rocha - Do you?

Sunday, October 26, 2008

~ Yoga ~

Comecei a yoga ontem. Primeira aula, alguns exercícios complicadinhos, mas saí de lá meio diferente.. meio leve, não sei. Saí refletindo sobre várias coisas da minha vidae percebi que não quero que as coisas continuem neste rumo automático e quase sem nexo. Quero que tudo volte a fazer sentido e que a revolução de sentimentos bagunçados passe logo, sem deixar rastros.
Acho que voltarei a pintar minhas mandalas.

~ Carta ~

Enviei uma carta para um endereço que ficou preso na minha cabeça desde que coltei de Londres. Não saía de jeito nenhum, então, decidi desmistificá-lo e enviar a carta de uma vez.
Ainda não consegui praticar o desapego total às coisas e muito menos às pessoas, por isso a carta.
Enviei há mais de três semanas e ela ainda não voltou para as minhas mãoes, ou seja, alguém a recebeu... só não sei quem foi!

Tuesday, October 21, 2008

~ Velhas arcadas ~



Estive na toda gloriosa na semana passada. Passei um dia inteirinho lá. Ao entrar, a primeira sensação é a de que eu pertenço àquele lugar. Sempre pertenci, não sei o porquê.
As arcadas me levam a um lugar diferente, um lugar que parece estar guardado entre as grandes escadarias e os vitrais cheios de cor.
A sensação foi indescritível. As grandes cortinas do salão nobre revestiam os meus sonhos sonhados de olhos abertos. Tudo era muito antigo, cheio de história, cheio de coisas escondidas...
E os meus olhos brilharam junto com as luzes.

Sunday, October 19, 2008

~ Being Cristina ~

É proibido sentir. Nada de sentimentos, nada de pensamentos, apenas a dureza, o desaconchego. Apenas ligue o automático e faça. Vá vivendo e percebendo o que há ao seu redor, mas sem ser sentimental sobre as coisas que se vê. Sem chorar, sem sorrir, apenas observar os fatos. Nada de tristeza ou alegria, pois não há tempo pra isso. Pensar, racionalizando mecanicamente, tudo bem. Desde que seja assim, não há problemas.
As máquinas estão dominando o mundo e o ser humano está se tornando numa máquina inconseqüente. Os dias passam e nem percebemos e não damos valor àqueles que realmente nos querem bem. Não há tempo pra isso.
Estamos nos tornando cada vez menos sentimentais, com menos cores, vivendo intensamente o que temos que viver e mais nada. Não se enxerga o que está ao lado e as necessidades do outro pouco importam, pois o que importa somos nós mesmos. Será?
Quanto mais eu sinto, mais fico jogada para trás. É como se eu fosse sempre passada pra trás numa fila interminável. As pessoas vão me empurrando e me deixando enquanto eu, com aquelacaradequemnãoentendeabsolutamentenada, continuo tentando ir pra frente na enchente.E quando racionalizo, tudo parece sair melhor. Quando eu me torno um pouco mais Cristina, as coisas vão indo bem, obrigada. Estranho isso, mas é assim que tem sido. Quando paro pra pensar nas coisas, os questionamentos não param de aparecer e tudo parece ser tão confuso que acabo me encrencando ainda mais. E tudo se embaraça, como um nó que jamais será desatado.

Sunday, October 12, 2008

~ Primeira semana ~

Não adiantou muito a bronca e nem o puxão - literal - na orelha. Nada foi feito nesta primeira longa semana: nem a yoga, nem a obrigatoriedade de sair do ambiente de sempre, nem os alongamentos.
Só a água de uma em uma hora, mas apenas durante os dias de semana.

~ Djavaneando ~


Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim.
Fui Djavanear ontem... e o sintoma é de alegria novamente!

Sunday, October 05, 2008

~ Take care ~


Então ela veio ao meu lado. Pediu licença e sentou-se. Pediu licença outra vez e apertou com muita força a pontinha da minha orelha. Doeu. Muito. De arder. E as lágrimas não se contiveram, choraram-se sem parar. Escorriam no rosto com olheiras, cheio de pequenas pintinhas e marcas de cansaço. De quase exaustão. Respira... vamos, respira!
Apesar da dificuldade em fazer uma respiração mais longa e pausada, consegui. E depois de tantas lágrimas, ganhei um abraço, como prêmio por ter conseguido desabafar. Um colo que não questiona, que não fala, que não briga...
A vida vem me trazendo questionamentos de todos os tipos, inclusive o de largar tudo e ir morar na Índia. Ou no México. Ou em qualquer canto do Brasil onde não exista televisão, nem trânsito.
E ela lá ao meu lado, pegou na minha mão... Você está sem energia... meu Deus, pra onde foi todo aquele mulherão? Também não sei.
Neurotransmissores. Neurotransmissores. Neurotransmissores. Tudo assim, bagunçado mesmo. E antes de ser mandada ao psiquiatra e aos remédios tarja preta, melhor tomar água de uma em uma hora, fazer alongamentos e sair na hora do almoço. Pensar em coisas diferentes, esquecer um pouco das trezentasedozecoisas que estão urgindo na mesa pra fazer e viver. Passear, olhar vitrines, tudo sem racionalizar. Fazer a yoga que já era um projeto, agora será quase que uma obrigação.
Queria ver o mar, mas acho que este já me engoliu e eu nem percebi.

Sunday, September 28, 2008

~ Letting you go ~


I always think about letting you go. Always. And it has been hard for the past years. Although I always say that I don’t have any interest in your life, I used to. A lot. Although I keep pushing you away, it seems that has not been enough. I keep repeating to myself over and over again that you are no good at all and that we have absolutely nothing in common, but we do: we never let each other go.
I already stopped answering your calls. I already pretended that you weren’t at the same place I was. I kept avoiding places and parties to not see you. And as nothing was working, I decided to restart to go to the same parties and be at the same places as you.
And even though now I don’t give a dam to you and to what you have been doing lately, you still are really stubborn and keep calling me. If I don’t answer you, you call from somebody else’s phone, so I answer it and you can say that this is the only way you find to talk to me. And you inquire me to tell you the reasons why I haven’t been answering you lately. Why is that? You really don’t know, huh? I wonder.
It used to bother me that much. It used to make me upset and thoughtful. Not anymore.
I was impressed by the last time when you called me and after I answered you for the second time, I felt nothing. I didn’t miss you. I didn’t hate you. I just wondered why you called me. And you never answered this question.
Now I really decided to take you out of my life forever. It is useless to tell you my decision, so that’s why again I won’t, but, for the first time, I’m pretty sure that this is the best for me. And for you. Actually, for both of us together. No more tears. Memories will always be kept… inside a box, where they do belong.
I used to love you like I never loved anyone before. It was so strong that could become harmful and painful to feel. It could be the most beautiful thing. And I learned how to deal with it and with all the bad tastes in my mouth. And in my heart.
But now I’m pleased to say that everything is gone and although a lot of tears were dropped, I have no regrets. Maybe the only thing I’m regretful for is that I allowed you to steal the magic that some situations should have and they don’t have anymore. You just took this away from me. And that’s it.
After all that, I just decided that it’s finally time to let you go. I asked it with all my strength to some little ones who are important for me and in who I strongly believe.
I hope my wishes come true. And that you become very happy in your life, away from me.

Thursday, September 25, 2008

~ Mister S.M. ~

Ele sempre muito teimoso. E orgulhoso.
Ela sempre muito teimosa. E pentelha.
Apesar de terem sempre estudado na mesma escola, a aproximação só aconteceu anos depois. No começo, era amizade. Começaram a se falar mais e mais e, quando se deu conta, ela estava saindo com ele. Namoraram... mas por pouco tempo. Não se falaram mais. Por um bom tempo.
Quando voltaram a se falar, timidamente, as coisas já tinham mudado muito. Eles tinham mudado e suas rotinas também.
No recomeço, as conversas no MSN não eram muito longas e eram sobre diversas coisas banais, sem importância. Brincavam um com outro, não pensando em nada, não levando absolutamente nada a sério.
Quando ela precisou de ajuda pra ter idéias de projetos, ele a ajudou. Quando ela estava pra ir, ele ligou. Mandava mensagens de longe e, mesmo não sendo sempre amável, lembrava dela de alguma maneira. Acordava-a de madrugada. Ela não se importava. Era divertido, era gostoso falar com ele. Era bom sair também, apesar de ele dirigir com "cautela em demasia" e ela enchendo o saco pra variar.
De um tempo pra cá, porém, as coisas começaram a mudar um pouco. As conversas que antes eram tímidas linhas escritas, passaram a ser longas, mais ou menos complexas - dependendo da inspiração do dia - e passaram a ser, também, ligações telefônicas. Falam-se diversas vezes por dia em horários diferentes, saem pra comer (e sempre pra comer, afinal, são dois goldinhos)... na última vez que saíram, algo engraçado, meio que inusitado aconteceu: ela queria "abusar" dele e ele queria ser "abusado", mas ninguém tomou iniciativa de nada. Não sei o porquê desta vontade contida... talvez por medo, talvez por auto-proteção... talvez por ser mais fácil ficar longe do que é perigoso.
E mesmo ela querendo falar mais com ele, às vezes ele é tão pentelho que acaba passando dos limites das besteiras e ela se irrita. E fica chateada. E que saco é ter que ouvir só besteira quando já passa da meia-noite e quando não se quer mais brincar.
O pior é que, depois de tudo, ela ainda quer falar com ele, mas ele, orgulhoso como sempre, não a atende mais.

Tuesday, September 23, 2008

~ Mantra ~

Mantra pós-pagamento dos cartões de crédito:
Vou gastar menos no mês que vem!
Vou gastar menos no mês que vem!
Vou gastar menos no mês que vem!

~ Pushing to the limits ~


I keep pushing to my limits. Não tem graça viver sempre na mesmice. E aí fico doente quando não consigo fazer tudo que eu quero e bem-feito. Fico frustrada com nota baixa, com não conseguir estudar, com não ter forças e nem vontade. O resultado não é nada bom... mas, não tem problema, as coisas vão se encaixando e a gente vai fazendo do jeito que dar...
Queria ainda ter tempo pra continuar o curso de Inglês, Francês; fazer academia, ir correr no parque, passear na praia... enfim, queria mais disposição!



PS: o pescoço melhorou... mas ainda dói!

Sunday, September 21, 2008

~ Monólogos de F&C ~

F&C, às vezes, monologam consigo mesmas enquanto conversam com outros no MSN. Explico: é que, às vezes, os outros têm coisas bem mais interessantes para fazer e elas acabam falando, falando, falando – ou melhor – escrevendo, escrevendo, escrevendo e nem percebem que não estão recebendo "aquela" atenção. Isso é completamente normal, mas aí, é inevitável: F&C dialogam com elas próprias.
Dialogam sobre seus pensamentos, suas vidas, suas rotinas, seus desamores e, quando percebem, já eras... já falaram demais. E sabe aquela história que depois que tá tudinho ali escrito não tem mais volta? Exatamente assim. Não tem mais volta. Quando elas vão ver, já se abriram demais e já estão falando além e, a outra pessoa, só no "ah-ham", "te entendo" e "não, não estou ocupado(a)... só estou jogando".
F&C, mesmo assim, não aprendem. Elas ainda querem falar mais. E falam sobre como se tornaram desiludidas - ao menos a F. - e como se tornou (ainda sobre a F.) um coração gelado. Daí, logo vem a C. para parar com a graça da F. e lembrá-la de falar menos ou, ao menos, não falar tanto de si...
Hora de sair, mas F. insiste em ser teimosa e acaba estragando tudo...
εïз diz:
PS: vc não precisa me xavecar, viu?!
εïз diz:
e obrigada pela "mudice"... adoro falar sozinha!

Saturday, September 20, 2008

~ Os cafajestes também casam #2 ~


Imagine um cara alto, bonito, de olhos encantadoramente verdes, corpo escultural, rico, bem-sucedido, inteligente, charmoso, sedutor, nos seus mais ou menos bem cuidados trinta anos casando-se. Bingo! Ele vai se casar.

Eis que meu post de 11 de julho do ano passado estava corretíssimo (
* Os cafajestes também casam *). O anúncio do casamento foi feito hoje. Aliás, o noivo já meio que convidou o pessoal para o casamento, meio que avisando que novembro será o grande mês, meio que querendo que todos compareçam à grande cerimônia. Aimeudeus!
E você? Como fica nesta história? Não fica, né? Afinal, o que você tinha com ele mesmo? Nada. Absolutamente nada. Mas vai ser estranho comparecer ao casamento, isto é, se é que você realmente será convidada...
Estranha a sensação de perda que se criou, uma vez que não dá para se perder algo que nunca se teve... mas ainda sim, aquela ligação permanece, afinal, algo ali aconteceu e isso não se pode negar jamais e, muito menos, se esquecer.
Na verdade, pode-se esquecer sim, principalmente por parte do noivo de olhos verdes... claro que isso pode ocorrer, uma vez que, você foi apenas mais uma pra infinita lista dele.
Cafajeste ou não, o fato é que ele vai se casar mesmo, não tem jeito... e, se ela for realmente convidada, estará lá a assistir e a esperar o momento para felicitar os noivos pela nova etapa da vida.

Friday, September 19, 2008

~ Pausa ~


Hora de parar. As dores vêm cada vez em maior quantidade e intensidade. O pescoço endureceu. A dor de cabeça não passa. Acho que era hora de pausar mesmo. Hora de descansar. De verdade. Deitar a cabeça no travesseiro e não pensar em nada... nem prova, nem trabalho, nem escritório, nem estudo... absolutamente nada. Amolecer os músculos duros. Deixar a vida passar pelos meus olhos. Dormir. Relaxar. Respirar calmamente e baixar a ansiedade diária.
O novo "colar" molda o meu pescoço e a água quente desmolda. Desforma.
Só fico triste por ter essa fraqueza; essa estúpida debilidade física que me impede de ir além, impondo limites para os meus quereres.
Apenas uma breve pausa.
(*) maravilhosos azuis retratados por Jorge Soares

Sunday, September 07, 2008

~ Montmartre ~











Nas fotos: Igreja Saint Pierre de Montmartre, Basílica de Sacré-Coeur

Saturday, September 06, 2008

~ Um mês: balanço ~



A saudade ainda aperta no peito. E muito.
Não sei o que aconteceu com Londres... ou será que foi comigo? Senti algo diferente de vez, uma conexão maior.
Hoje faz exatamente um mês que eu voltei de lá. Voltei triste, chorando. As lágrimas grossas, pesadas e quentes ainda são sentidas no meu rosto de vez em quando. Não queria voltar e não escondo isso de ninguém. Só de mim mesma de vez em quando... assim, o conformismo com a vida real vem mais depressa.
Há coisas inexplicáveis na vida. Essa minha viagem foi uma delas. Voltei pra vida que eu levava antes de eu ir, mas voltei diferente, estranha. Não sei mais o que estou sentindo no que estou fazendo hoje em dia. O prazer se foi sem dar notícias se vai voltar. Ainda sinto prazer em estudar, pois amo estudar, não tem jeito. Mas alguma coisa está errada. Não consigo mais prestar atenção como antes. Meu sono me impede de permanecer de olhos abertos. Meu cansaço é extremo e, meudeusdocéu, só faz um mês que voltei de férias.
O trabalho? Adoro. De verdade. Mas está me matando aos poucos. Estou envelhecendo a cada dia. Não sobra tempo pra mim. Nào sobra tempo pra nada. O meu maior prazer fica de lado, pois estou muito ocupada com tantas outras coisas e pra quê mesmo?! Nada. Não é pelo dinheiro, é pela experiência. Sim, claro... experiência cansa. E me envelhece e me torno uma pessoa que olho no espelho e não reconheço.
O desânimo tem me atropelado e a falta de tempo também.
Londres estava maravilhosa. Queria ter ficado com prazo de validade, mas ficado. Voltar em Dezembro quando tudo e todos estariam em festas e comemorações. Um ano novo pela frente cheio de coisas novas e boas e com um fôlego diferenciado.
Sinto saudade do cheiro, do lugar, das pessoas e até mesmo do tempo estranho e cheio de vento o tempo todo.
Sinto saudade de acordar feliz por estar cercada de coisas boas e ter uma vida mais leve.

~ Tudo pela Madonna #1 ~


Como já é de conhecimento de todos, esta foi a semana da grande loucura atrás dos ingressos para o show da musa pop Madonna. Sim, sim... após muitos anos ela volta ao Brasil em seus plenos 50 anos que, diga-se de passagem, não fazem diferença alguma, uma vez que a forma continua intacta.
Pois bem... a corrida atrás dos ingressos começou nas primeiras horas do mês de Setembro, para os cariocas de plantão. Problemas no site - claro! - e muita gente sem ingresso, reclamando. Final de Terça-feira: ingressos esgotados.
As primeiras horas de venda para os shows no Morumbi, em São Paulo não foram diferentes. A princípio seria somente um, mas como a demanda foi gigantesca, resolveram aumentar uma data.
Foram mais de 70.000 acessos de uma só vez. Resultado: site não funcionava. Quando passava de uma tela pra outra era um milagre e o carrinho sempre continuava apontando um vazio. O coração angustiado. O sono apertando. Fui dormir às 2:30 convencida de que no dia seguinte eu conseguiria algo pelo site. Doce ilusão.
O dia todo foi de ligações entre amigos e conversas paralelas no escritório. O site... vixe... sem comentários. A única pessoa que eu fiquei sabendo que conseguiu comprar pelo site foi a secretária do escritório. Às 6:00 da manhã, numa tremenda sorte. Única. Exclusiva.
Pois bem... mesmo assim, eu e minha amiga não desistimos. No dia anterior, na faculdade, ela pegou a minha carteirinha de estudante e disse que deixaria com a outra secretária que tinha sido dispensada (vejam só até onde a coisa vai...) só pra ficar na fila da Madonna e comprar ingressos pra ela e para uma meia dúzia de advogados com a ajuda do namorado. A secretária passou a tarde na fila, a madrugada e o dia seguinte quase inteiro.
Já passava das 22:00 quando ela levou a carteirinha para a secretária da fila e eu na frente de dois computadores diferentes, com conexões diferentes só esperando pela 00:00.
Enfim, no fim, nada saiu pelo site e lá pelas 17:00 da Quarta-feira essa mesma amiga me liga:
- Não precisa mais se preocupar, Fer... NÓS VAMOS AO SHOW DA MADONNA!!!
Nem preciso dizer que o sono e o cansaço passaram na hora, né?! Coitada da secretária...

Wednesday, September 03, 2008

~ Com amor ~


Saudade. Despedida. Sinceridade. Olhar. Carinho. Sensibilidade. Beijo. Respeito. Ternura. Aperto. Química. Toque. Felicidade.
That's all I feel. That's all I needed.

11:11


Tuesday, September 02, 2008

~ Palavras ao vento #5 ~

MSN. Sempre o MSN. P. estava online quando B. surge offline chamando-a.
B. conversa como se eles se conversassem sempre: brincando, conversando, contando as novidades. P. o trata normalmente, mas sempre com algumas delicadas sutilezas nas entrelinhas.
Por fim, B. diz que comprou uma moto e que quer mostrá-la para P. no próximo final de semana, mas P. diz não poder e B. insiste, já marcando para o outro final de semana.
Oh, Deus!

Sunday, August 31, 2008

~ Era de Aquários ~


Ontem estava passando o filme do musical Hair. Não o assisti inteiro, mas fui assistindo algumas partes lembrando de quando nós montamos esta peça no colégio e com esta mesma ganhamos diversos prêmios no Festival de Tatuí.
Era 1998 e eu tinha acabado de voltar de um intercâmbio de 6 meses nos EUA. Nem sabia direito o que estava acontecendo, o pessoal do grupo de teatro já estava ensaiando a peça desde o início do ano com toda a preparação de praxe. Cai de gaiato. Nem sabia muito bem do que se tratava a peça, pois no alto dos meus 16 anos, nunca tinha ouvido falar em Hair. Mesmo assim, o diretor disse que eu poderia participar e lá fui eu.
A história retrata os hippies dos anos 60 no seu movimento "paz e amor" contra a guerra do Vietnã. É emocionante, cheia de músicas, coreografias e cores... uma verdadeira brincadeira com os sentimentos e toques humanos. Assistindo e ouvindo as músicas, comecei a pensar - meio que viajar, confesso - num mundo onde não existisse dinheiro, ganância, poder. Onde todos fossem iguais no matter what e fizessem o que realmente tivessem prazer. Um mundo onde as coisas não seriam tão difíceis, onde todos se entendessem, sem que existisse uma guerra para impor os limites. As pessoas fariam aquilo que "desse na telha" sem ser julgado pelos outros e não existiria preconceito, dinheiro, discórdia. A natureza estaria aí para ser utilizada, mas não para se obter lucro, pois este conceito não existiria, seria apenas pra viver bem. O trabalho seria algo prazeiroso e não martirizante. Cada um faria realmente o que sabia fazer e não fingiria ser algo que não é. A vida seria mais leve, com mais cores, com mais prazer... Um mundo completamente utópico, mas com pessoas felizes e cheias de vontade de viver, sem ver o que o outro tem ou deixa de ter, vivendo a vida com amor.
Maybe we should let the sunshine in a little bit more...


Friday, August 29, 2008

~ Florian ~

Acho que desistiu. Parou de sonhar e pôs o seu pé no chão. Jamais seria possível encontrar uma pessoa de quem você não tem nem o sobrenome. Não sabe aonde trabalha, aonde pode encontrar. Sabe aonde é a casa, mas não sabe o endereço. Sabe apenas chegar lá, mas é longe, não é possível. Nem de final de semana. Nem nunca mais. Nem nada.
Dizem que a esperança é a última que morre. Talvez não seja. Talvez tenha cansado e desistido de procurar pelo que não tem jeito.

Sunday, August 24, 2008

~ Notting Hill ~


- I can't believe you have that picture on your wall.
- You like Chagall?
- I do. It feels like how being in love should be. Floating through a dark blue sky.
- With a goat playing the violin.
- Yes - happiness isn't happiness without a violin-playing goat.

~ Cala a boca, Galvão ~

O jogo de vôlei masculino que passou nesta última madrugada não acabou muito bem para o time do Brasil. Muita gente vai falar que os "meninos" não se esforçaram o suficiente. Outros vão dizer que eles se esforçaram, mas, realmente, a seleção americana foi melhor... enfim... eu, particularmente, acho que o time brasileiro que entrou na quadra, não foi o mesmo que jogou os três sets depois. Parece que, de repente, um desânimo pairou e eles acabram deixando que os EUA crescessem em cima deles. No entanto, isso não quer dizer falta de esforço por parte da seleção.
Ao final do jogo, dava para ver a tristeza entre eles. Acontece. Os americanos realmente jogaram bem e venceram com todo o mérito. Mas o que mais me deixou impressionada e com muita raiva foi o irritante Galvão Bueno. Meudeusdocéu como este homem consegue ser insuportável. Até mesmo quando o Brasil ganha ele é irritante.
O jogo terminou, os jogadores desconsolados e o Giba, na saída da quadra, foi parado por um repórter da Rede Globo e não quis falar. Ele estava decepcionado e tinha todo o direito de sair da quadra calado até se recompôr de novo e, quem sabe, falar depois com a imprensa. Aí vem a "voz da experiência" do todopoderoso Galvão e diz que isso não era postura e que não é só quando se ganha que tem que falar. Quando se perde tem que falar com a imprensa também, etc, etc.
Que homem mais insuportável... seria muito mais fácil se, ao invés do Giba ficar quieto perante as câmeras, o Galvão calasse a boca e não falasse tanta besteira.

Thursday, August 21, 2008

~ Dirversão ~

Mr. Curiosity, esta é pra você!!!
Sim, sim, sim, você tem toda a razão, mas devo dizer que, mesmo assim, ainda continuo rindo!!! É cada uma... hahaha

Tuesday, August 19, 2008

~ Gente estranha ~


Gente estranha é assim: primeiro te liga do nada te convidando para ir tomar uma cerveja naquele domingão ensolarado que só você está estudando. A pessoa até abre uma exceção já que você, na época em que a conheceu, não tomava nadinha de álcool e acaba dizendo que, ao invés da cerveja, podem tomar um suco. Você, educadamente, recusa o convite, pois tem muita coisa ainda para pôr em dia.
A pessoa nunca liga. Nunca ligou, nem quando vocês estavam juntos há alguns anos atrás. Quando liga, é um milagre da natureza. Liga para convidar para sair com outros amigos tantos da época de faculdade. Até aí, ótimo... pelo menos a amizade restou. Mas ligar do nada, em pleno domingo para tomar uma cerveja? Foi bem estranho.
Enfim, depois deste episódio de "não tomada de cerveja", a pessoa que recebeu a ligação com tamanho estranhamento, fica devendo uma próxima ligação para uma possível saída. Nada demais, afinal, a amizade ainda continua. Mas ela acaba por não ligar.
Antes de sair de férias, porém, a pessoa que recebeu a ligação tinha um churrasco de despedida para ir e resolveu convidar o "menino-que-queria-levá-la-pra-tomar-cerveja" para o tal churrasco, afinal, queria uma companhia.
O meninoquequerialeválapratomarcerveja acabou não podendo ir ao churrasco, mas, em contrapartida, convidou a mesma para uma Festa do Chopp de uma faculdade. Ela foi com uma amiga e ele com duas amigas. Afinal, a amizade continua...
Na festa, entre um chopp e outro, umas brincadeiras aqui, outras lembranças ali, eis que ele se empolgou e beijou a mocinha. Surpresa, a mocinha retribuiu, mas nada entendeu, perguntando-se o porquê ele tinha dito que "não queria fazer isso, pois você está indo embora", sendo que ela ia, mas voltava em pouco tempo. Ela procurou esclarecer a idéia e ele falou - e repetiu inúmeras vezes - que quando ela chegasse para que ela ligasse pra ele. Claro. Por que ela não ligaria?!
Eles ainda se falaram antes de ela viajar. A pessoa que nunca liga, decidiu ligar para desejar boa viagem, pra dar tchau e para lembrá-la de mandar notícias quando chegasse.
Ela voltou. Mandou mensagem e nada. Dos dois últimos e-mails enviados, nada recebeu como resposta. Teimosa como só ela e incoformada com a estranheza das pessoas, resolveu ligar depois de uma semana. Ea pessoa mais simpática e brincalhona do mundo a trata muito bem... e?
- Volto pra SP na Sexta à tarde... vou te ligar pra gente fazer alguma...
- Beleza, espero você me ligar...
O tempo passa... a ligação que nunca veio. Nem a ligação, nem a resposta, nem a mensagem...
E depois ainda dizem que as mulheres que são estranhas... eu, hein?!

~ De boca bem fechada ~


Ouvi isso outro dia...
Temos dois ouvidos, dois olhos, dois orifícios no nariz e uma boca...
Sabe o porquê?
Porque devemos observar, agir, refletir, enxergar, sentir e ouvir mais e... falar menos!
Falar menos! É isso... preciso falar menos e agir mais. Se eu ficar falando tudo o que eu vou fazer não dá certo...

~ Sempre igual ~

E o seu problema sempre é maior que o de todo mundo.
Sempre você quer ser o centro das atenções, não aceitando dividir nada com ninguém, mas
podendo se dividir entre todas.
Do nada fica mau-humorado por causa de alguém que não vai parar de te infernizar a vida, assim como você não deixa de infernizar a vida alheia.
Quando bebe, fica carinhoso, outra pessoa. Fala o que tem vontade, olha nos olhos das pessoas, se emociona. Torna-se ser humano novamente. De carne e osso.
O que difere agora é que nem todas as pessoas acreditam mais nas suas palavras. Elas se tornaram apenas palavras que ficam nas entrelinhas de um caderno escondido nos escombros. Não são mais motivo de felicidade, nem motivo de tristeza. Apenas palavras que não fazem mais diferença.
Mesmo com tudo, as pessoas ainda insistem em te ajudar, mas não há mais nada a fazer. É você quem tem que decidir o que é melhor e mais correto... mas parece que sempre quer o que é errado, o que é ruim.
E é quando menos se espera, todo mundo é pego de surpresa, pois, no meio do abraço, um disparo.
Melhor deixar você ir embora de vez...

Tuesday, August 12, 2008

~ Se arrependimento matasse... ~

Quando se conhece uma pessoa interessante, tenta-se não perder contato com ela. Óbvio. A pessoa parece ser legal, tem uma boa conversa e você se identifica com o seu jeito. A partir disso, é muito fácil ter o contato desta pessoa para que a conheça melhor e a conversa continue se desenrolando. No entanto, nem sempre isso acontece.
Nos dias de hoje, manter contato com as pessoas tem sido muito mais fácil que antigamente. Fato. Há o telefone, os e-mails, as cartas, os sites de relacionamento e assim por diante. Tudo para facilitar a comunicação entre indivíduos num mundo em que as notícias correm e a globalização só tende a aumentar, diminuindo tanto o espaço físico quanto temporal entre as pessoas. E, mesmo com toda a tecnologia e facilidade, a pessoa se perde e não pede o que precisa.
Tudo seria muito mais fácil se a simples pergunta – você pode me passar o seu contato? – tivesse sido feita. Assim simples, sem cerimônias, sem complicações.
Seria fácil também escrever um bilhete e deixar na porta ou junto ao celular. O fácil, entretanto, tornou-se difícil e sem tempo de voltar aonde se encontraram primeiro e os mundos sendo assim distantes tornaram-se ainda mais distantes, criando-se um abismo.
Agora ela procura a comunicação que se arrependeu em ter querido perder. O laço foi desfeito, mesmo antes de ter se firmado, dando espaço ao falso desapego.
Adianta se arrepender?

Saturday, August 09, 2008

=(

How hard it is to be back to reality? It's been terrible. I only have been here for a little bit more than 2 days and I already feel bad. Depressed. No words to explain. What has happened to me? I have no clue! What is going on with my life? I feel like I'm completely lost. I really don't understand...
How hard it is for me to understand that eveything should get back to normal like it always happened before? I'm afraid things will never be the same again. Actually, I do believe they aren't going back to any normality.
I feel that this trip wasn't just "another trip", but a real watermark. I've changed and that's it. I acted very differently compared to what I'm used to everyday. I did things I never imagined and they did make me feel good. They made me feel alive again!
I feel so bored right now.