Wednesday, February 28, 2007

* Ânsia... *


Você conhece alguma pessoa muito ansiosa na sua vida?! Pode ser da sua família, do seu trabalho, do seu círculo de amigos mais próximos ou de colegas distantes, professores, vizinhos... enfim, pode ser qualquer um, até o seu cachorro que abana o rabo com tanta vontade quando você chega, ansioso pelo carinho ou pela comida ou ainda, pela voltinha no quarteirão.

Pois bem, eu também conheço um bom número de pessoas ansiosas. Elas têm uma ânsia de viver tão grande que tentam ultrapassar não só seus próprios limites, mas os dos outros também. A sensação de vazio no estômago e a palpitação constante do coração... o olhar desesperado em busca de caminhos e respostas e o suor das mãos. Tudo isso é parte de um processo que pode se tornar patológico se não dosado.

“No entanto, o termo ansiedade está de certa forma interligado com o a palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter o medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar.”

Bem, a pessoa que eu conheço – sim, isso mesmo, “a pessoa” no singular - a qual estou me referindo é ansiosa meeeeeesmo! Quer resolver tudo na hora e enquanto não resolve, fica remoendo aquilo de todas as formas e trejeitos. Em todas as possibilidades possíveis e imagináveis. E pensa, pensa, pensa... o vazio continua, pois nem tudo na vida depende só de um indivíduo... às vezes, a dependência torna-se um pouco mais ampla, envolvendo duas ou mais pessoas. Nestes casos, a ansiedade tende a piorar, pois ela acaba ficando à mercê da vontade do outro. Espera, espera, espera... será que tudo isso vale a pena mesmo?! Eu tenho um pouco de pena dela, lá no fundo, pois ela não deveria ser assim. Acho, na minha humilde opinião, que ela deveria ser mais solta e se preocupar menos com pequenas coisas, ou seja, não fazer grandes tempestades em pequenos copos d’água. Viver apenas a vida com ânsia, mas uma ânsia diversa, saudável, sem prejudicar a si mesma. É.. acho que ela ainda tem muuuuito o que aprender!

“É necessário então que a pessoa encontre um meio de superação e continue vivendo, tendo a certeza, que as coisas ruins vividas no passado servirão apenas de crescimento e amadurecimento futuro.”

Tuesday, February 27, 2007

* Desculpa *



"Io sto a pezzi senza te
Altro non so dire
Scusami"
(Quando sarò lontano - Nek)

Hoje ela teve vontade de chorar por alguém... como há algum tempo já não fazia. Ela errou, como sempre, mas ela não achou que as coisas tomariam este rumo! No entanto, nem sempre o que esperamos é o que realmente acontece... às vezes, esperamos muito das pessoas, outras vezes, nem tanto, mas as pessoas oferecem tudo aquilo que você sempre quis e que você não precisou pedir de maneira alguma. Acho que ela se acostumou com isso... ficou “mal-acostumada”, por assim dizer.

Por mais uma bobagem, ela perdeu uma nova chance de reconstruir um sentimento antigo, mas com uma “roupagem”, desta vez, completamente nova. Ilusão? Pode ter sido... a vida também é feita de ilusões. A insegurança a acertou em cheio e, sem que ela percebesse, já estava ali vomitando palavras sem nexo, sem necessidade, sem noção... mas, já foi! As palavras, uma vez jogadas ao vento, nunca mais são recuperadas... nem quem tenha inventado as desculpas, consegue recuperar aquelas que já saíram da sua boca. Paciência... pelo menos ela percebeu que se pode ferir uma pessoa por um simples ato pueril da sua parte e ela o reconhece e, apesar de tudo... pede desculpas!

Monday, February 26, 2007

* Crise? *



Bom, desta vez não tem musiquinha, poeminha ou qualquer coisa do tipo na abertura... acho que fiquei meio azeda. Que saco, viu?! Por que as coisas têm que ser tão complicadas?! Meu Deus do céu! Está tudo indo tão bem e de repente, um balde de água fria... tudo amontoado, um monte de sentimento confuso e irritante... fugindo, assim, sem mais nem menos do meu controle. Não, Fernanda Cristina, isso não pode acontecer de jeito nenhum!!! Pára tudo agora que eu quero descer!!! Ou melhor, acho que eu queria um barquinho... ou queria não ter internet, ou celular... acho que queria mesmo me isolar do mundo (se isto fosse possível, claro...)!!! Odeio ataques incontroláveis, coisas bobas... ando pensando demais e acho que sentindo também, por mais que tenha lutado com todas as minhas forças contra isso! Mas quem mandou, hein? Você sabia desde o começo que seria assim e nada ia mudar... aliás, por que você sempre acha que pode mudar o mundo e todo mundo?!?! Não, meu bem, você não tem este ou qualquer outro poder... você é apenas mais uma na lista de tantas outras... não, você também não é especial, apesar de ter ouvido isso já umas inúmeras vezes... já foi, já passou... quer saber?! Acho que eu quero um colinho!!!

Wednesday, February 21, 2007

* Ano Novo *


"Moro num país tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza!
Em Fevereiro (em Fevereiro)
Tem Carnaval..."
(País tropical - Jorge Ben Jor)

Carnaval passou... será que agora o ano começa de fato? Espero que sim, afinal estava demorando pra chegar, né? Pra mim, já começa "otimamente" bem! Nova faculdade, novo emprego, novos amores... tudo na paz! hehe A única coisa que realmente me deixou chateada neste Carnaval foi ver o quão mal-educadas as pessoas estão se tornando a cada dia... pois é. Imagine essa cena: você vai à praia em busca da brisa, do mar e do sol. Você acorda com aquela preguiça quando olha pela janela e vê aquele dia lindo e convidativo te esperando lá fora. Come alguma coisa, pega seus "apetrechos" que, no caso dos homens, não há algum, se lambuza inteiro de bloqueador solar (afinal, o aquecimento global tem dado o que falar ultimamente e a Camada de Ozônio, coitada, está pra lá de esburacada) e pega o seu caminho rumo à praia.

A chegada: quando você chega lá após cinco minutinhos de caminhada, começam as pequenas desilusões do dia... a brisa marítima nem chega ao seu guarda-sol, pois um está amontoado no outro. As cadeiras e as pessoas idem. Lugar para sentar no chão? Só se for dentro do mar. Até aí, nós podemos até ser compreensíveis, afinal, é carnaval e a maioria das pessoas querem curtir a praia. No entanto, não contentes com o tamanho número de pessoas por metro quadrado, essas mesmas pessoinhas em questão são porcas e mal-educadas ao extremo e te explico o porquê: além de o dia estar quente (37 graus em média), a praia apinhada de gente por todos os lados, sem lugar para andar direito, essas mesmas pessoas não têm a coragem de jogar o lixo no lixo. E não é por falta de latas de lixo não, pois os saquinhos distribuídos pelos ambulantes defensores da natureza são entregues aos montes, mas é por falta de vergonha na cara. Você mal pode ver a areia, pois está entulhada de cascas de amendoim, bitucas de cigarro, latinhas, garrafas pet, copos descartáveis... é, simplesmente, R-I-D-Í-C-U-L-O!!!!!!! Poxa, será que em pleno século 21 ainda não há discernimento da parte das pessoas? O que acho ainda pior nisso tudo é que são pessoas de classe média-alta que têm total acesso a informação e conscientização (ou deveriam ter?) do quão importante é se manter um ambiente limpo, longe de sujeiras e afins... principalmente um ambiente público como a praia que deveria ser um lugar bonito e preservado por nós mesmos. Isso porque nem estou mencionando aqui a falta total de bom-senso. Tenho certeza que a casa destas mesmas pessoas não deve ser assim e se é, é porque realmente a "porquisse" impera por ali. Consciência e respeito passaram muito longe dali.

Bom, apesar de todos os pesares, ficar mais perto do mar e da energia que ele nos traz foi muito bom. Deu pra relaxar, pôr os pensamentos em ordem - ou, pelo menos, tentar - e deu para aproveitar muito também, afinal, foi Carnaval...

Wednesday, February 14, 2007

* Happy Valentine's Day *


"Let's, let's stay together...
Loving you whether, whether
Baby times are good or bad,
and happy or sad..."
(Let's stay together - Al Green)
Would you be my Valentine?

* Sensations *


Yes, baby! Ele não pulou como antes... claro, não posso mentir, devo confessar que deu lá seus pequenos saltos quase que ornamentais de tão sutis e compassados, mas ele não saiu por aí gritando aos quatro ventos e muito menos tentando fugir do peito. Não, não, senhor! Ele foi forte... acho até mesmo que ele acabou se inspirando naquele seu amigo que foi dado cordialmente ao Homem de Lata pelo Mágico de Oz... continuou bondoso e grande, mas sem ser passado pra trás e sem ser enganado mais uma vez pelas suas próprias fantasias.

Interessante que até mesmo a dupla inseparável - pois onde uma vai a outra vai atrás - parou de tremer e bambear; agiu normalmente e nem precisou de comandos incessantes para tal. As borboletas? Acho que estas voaram, mas não de vez, se não a vida ficaria muito sem graça, faltando alguma coisa. Elas devem ter ido apenas a algum lugar não muito longe para voltarem depois...

O melhor mesmo é saber que posso voar novamente, sozinha! E ele? Continua aqui firme e forte, bombeando sem parar!

Tuesday, February 13, 2007

* Perdida... *



"Quando a gente gosta é claro que a gente cuida
Fala que me ama, só que é da boca pra fora...
Ou você me engana, ou não está maduro
Onde está você agora?"
(Sozinho - Caetano Veloso)

Em plena manhã de Sábado ela acordou com uma saudade inexplicável! Uma vontade de ver, de falar, de sentir! Vontade de ligar, de pedir um pouco de companhia e até mesmo um pouco de colo, por que não? Ela se sentia carente, sozinha naquela casa no meio da cidade grande. Sim, a cidade era grande e as pessoas, inúmeras, mas nenhuma era aquela, justamente aquela de quem ela sentia falta.

Ela, então, desceu lentamente as escadas, tomou seu café da manhã e até tentou se distrair com as histórias contadas pela dona Irene, a senhora que já trabalhava em sua casa há tanto tempo. Mesmo assim, por incrível que pareça, sua idéia era fixa. A saudade apertava no peito cada vez mais. Ela só queria que ele estivesse ali com ela... fosse sentado, em pé, deitado, dormindo ou acordado... fosse até de ponta-cabeça, assistindo TV ou ouvindo músicas... fosse lá como fosse, ela o queria ali, junto a ela!

Decidiu tomar seu banho e organizar suas pilhas de livros... ela imaginava, muito ingenuamente, que esta sim, seria uma atividade que a manteria longe de qualquer lembrança. Doce engano! Bem ali, no meio de todos aqueles exemplares, bem entre tantas "Clarices" e outros "Machados" encontrou um caderninho aonde, há tempos atrás, escrevia suas lembranças e os mais puros sentimentos que havia vivido. Um caderninho qualquer, mas que para ela havia muito sentido... aliás, muito amor ali contido, afinal foi mais de um ano que se levou para ela se conscientizar que aquilo já não fazia mais sentido.

Mesmo assim, abriu uma página e lembrou um reencontro muito especial num bar perto da sua casa. Foi uma noite de Quinta-Feira. Eles não sabiam pra onde ir... não tinham muitas idéias em mente, mas nem precisavam, pois onde quer que fossem, estariam bem. Queriam apenas conversar, pôr o papo em dia, afinal, fazia meses que não se falavam de fato. E a noite fluiu como uma criança... as horas passaram sem serem sentidas. Os assuntos? Os mais diversos... desde as "estranhices" do cotidiano do trabalho até os fatos da vida alheia propriamente dita! As mãos se tocaram, os abraços foram infinitos e eternos, como laços que não se desfariam jamais e até um beijo no pescoço de surpresa aconteceu, nada mais... mas nem precisava, pois só de estar lá, já estava perfeito!
Uma lágrima inevitável escorreu...