Thursday, March 01, 2007

* A eleição *

Ontem aconteceu uma eleição em sala de aula a fim de escolher o representante de classe... que coisa mais interessante. Logo de início, ninguém queria participar, exceto uma garota que já havia se comprometido com a classe. Eu digo se comprometido, pois enquanto não tínhamos de fato um representante, ela vinha fazendo às vezes de um: indo atrás de xérox, professor, criando o grupo da sala, etc.

Mas, enfim, o professor de Ética insistia na participação de, no mínimo, cinco pessoas, para que a eleição fosse legítima. Ninguém queria participar ou tinha receio, sei lá, mas só sei que eu, por muita insistência de terceirAs (tenho que enfatizar as meninas e até mesmo uns garotinhos...), acabei me inscrevendo como candidata, mas pedindo pelo amor de Deus para que ninguém votasse em mim. Não vou mentir que adoro essas coisas de representante, responsabilidade e tudo o mais, mas meu medo maior, era de me comprometer com algo que depois seria impossível de levar a frente por falta de tempo ou qualquer que fosse o problema. Admito: odeio assumir um compromisso que eu não possa cumprir da maneira que deve ser cumprido. Pois bem... acabei sendo convencida e, para não demorar mais tempo do que já estava demorando, acabei me inscrevendo. No fim, tivemos 6 inscritos: 4 meninas e 2 meninos. Nós tivemos que fazer os nossos respectivos discursos, aliás, nesta parte, preciso fazer um GRANDE PARÊNTESES: o pessoal na faculdade de Direito ainda tem muito o que aprender da língua portuguesa e do discurso, pois a quantidade exagerada de “tipo assim”, “meu”, “cara” era absurda. Chegava a ser mais ou menos assim: “Eu, tipo assim, meu, não sei.... posso fazer muito pela sala, tipo, eu tenho tempo e tipo, posso ir atrás das coisas, mas, tipo assim, acho que o fulando tem mais chance que eu, cara... mas, tipo, tipo, tipo...”... Urghhh!!! Irritante... quase desisti do meu voto verdadeiro – porque sim, eu não votei em mim mesma! – devido ao péssimo discurso. Fecha parênteses.


Mas, voltando ao discurso, fizemos nossos votos secretíssimos e, para minha completa surpresa, tive uma quantidade interessante de votos: 12 de uma sala de 70! Bem, pode não parecer muito para você, mas, para mim, que nem queria concorrer num primeiro momento e que não fiz um discurso “do outro mundo”, afinal, eu não queria ganhar, fiquei completamente surpresa com o resultado. Cada vez que eu ouvia o meu nome, eu ficava ainda mais feliz... será que passei alguma credibilidade para as pessoas?! Pois eu pedi aos meus amigos mais próximos que não votassem em mim... mas, não sei se eles votaram ou não, vai saber, né?!
Bom, acabei nem indo para o segundo turno, pois os candidatos que concorreram ao segundo turno tinham, respectivamente, 17 e 29 votos (puxa.. por 5, eu não vou para o 2º!!!! Ufa!!), mas o mais intrigante nesta história toda, pelo menos para mim, é que quando eu estava lá concorrendo, até me deu vontade de ganhar mesmo e virar uma representante. Bom, pena que já era tarde demais para repensar meu discurso e “reconvencer” meus amigos mais próximos de que eu seria a perfeita representante, mesmo trabalhando o dia todo e tendo apenas 30 minutos para me dedicar à sala toda.


PS: o professor disse que trinta minutos eram suficientes para muitas coisas... vai saber... hehe

2 comments:

Fernanda S. said...

Foto: "Sensualidade e... burocracia", por José Margarido.

Anonymous said...

HAUAUAUAHUAHUAHUAH SUA DOIDA! SOH VC MESMO1
BJOCAS FABIII