Wednesday, March 31, 2010

Sobre as farsas cotidianas

Um dia, as pessoas ao seu redor vão acordar e olhar para o lado e, de repente, vão se surpreender. Era tudo uma farsa. Uma verdadeira farsa. Ela era a farsa em pessoa.

Um dia, as pessoas descobrirão que ela se vale de uma máscara e, quando esta cair, nada vai sobrar. Nada além dela mesma, sozinha, sem companhia, despida de todos os seus pensamentos. Dos seus sentimentos.

Um dia, descobrirão que ela não é tudo isso o que pensam. Pensam, fazem uma imagem dela, mas ela não é nada disso. É muito menos. Não entende o porquê as pessoas acham que ela sabe tanto, pois, no fundo, não sabe de nada.

Admito que ela se deprecia. Pensa que não é capaz. Pensa que nunca vai conseguir. Desanima. Não enfrenta. Tem medo.

A cada dia que passa, vive mais um dia, mas sabe menos sobre a vida. Brinca de saber, de se encher das coisas boas, mas, ainda, se sente só. Sente-se só como a menina que brincava sozinha com os seus inúmeros amigos imaginários ou que tagarelava sem parar na sala de aula e tomava bronca por isso.

Não entende a mente humana e muito menos os sentimentos alheios. Humana demais, espera demais e sonha demais com o que não vem. Não sabe mais o que é certo ou errado e vive se perguntando se o seu gostar também não passa de mais uma farsa para se refugiar de si própria. Vive se perguntando se somente ela vive numa grande farsa ou se a vida que é assim e que ela tgem que se adaptar.

Um dia, a farsa acaba, a festa acaba e nada mais sobra além da tristeza e da auto-destruição.

Sunday, March 28, 2010

No definitions

Sempre fui a pessoa mais adepta às conversas que qualquer outra coisa. Acredito de fato que uma boa conversa entre duas pessoas pode dirimir eventuais questões, controvérsias do dia-a-dia e até mesmo maus entendimentos.

Neste caso específico, entretanto, não sei se cheguei à conclusão alguma. Apesar de sempre querer conversar e dizer diretamente o que está acontecendo ou o que eu ando sentindo, nunca consigo me expressar da maneira com que eu imagino e, pior do que isso, acabo deixando diversas questões de lado por culpa da maldita insegurança. Não consigo olhar nos olhos, não consigo rebater argumentos, não consigo um monte de coisas... e, geralmente, as coisas só ficam mais claras depois de algumas horas ou até mesmo dias. Só consigo refletir o que me foi falado depois de algum tempo. E é aí que dá aquela vontade de parar tudo e dizer: vamos pro segundo round? Mas, na hora do vamovê, não é bem assim que as coisas funcionam e acabo deixando por isso mesmo.

Longe de ser uma luta consciente, minha cabeça e meus sentimentos acabam funcionando como se estivessem em um verdadeiro ringue. Um quer ligar, falar, deixar fluir. O outro quer apenas ficar na sua e tentar não pensar mais nisso... é bem o deixapralá. E, de verdade, não sei o que anda acontecendo, mas parece que a minha memória tem ficado cada vez mais seletiva, perdendo pedacinhos importantes de conversa pelo chão.

Enfim, a conclusão é que não há conclusão. No fundo, no fundo, não há mais o que se falar. Não há definições. Agora é deixar que as coisas aconteçam e tentar ao máximo - se é que é possível - colocar as expectativas de lado e não construir mais ilusões pelo meio do caminho.
Tentar nunca foi demais, não é mesmo?

Friday, March 19, 2010

Na linha tênue

Quando não se tem um relacionamento assumido e convencional, nunca se sabe aonde o limite vai parar entre o querer e o poder.
Aprendi com as minhas últimas experiências que cobrar as pessoas não é nada saudável, nem pra mim, nem pra elas. Aprendi também que não posso demonstrar meus sentimentos. Nada de me expor, afinal, as pessoas não estão preparadas para receber carinho. Ou será que sou eu que não estou pronta para receber o silêncio alheio diante da minha demonstração?
Ainda sim, não aprendi a me desprender dos meus medos e da minha falta de coragem em olhar olho no olho para conversar coisas que não estão bem. Pelo menos pra mim.
De repente uma ficha caiu, como se eu tivesse acordado de um sonho bom. Percebi que eu estou num lugar em que o outro não está. Que quero mais, quero sempre, quero agora. Queria estar mais por perto, compartilhar mais... mas não só com o meu ombro amigo, mas comigo por inteiro. E é aí que esbarro numa linha tênue, quase que invisível entre nós.
Enquanto eu quero ganhar aquele abraço de despedida demorado e apertado, ele quer ir embora. Enquanto quero conversar e saber de todas as coisas que tem acontecido, ele quer ler um livro e não ser incomodado. Enquanto eu espero até o último minuto apenas para conseguir alguns poucos minutos da sua atenção a sós, ele pensa em ir pra casa.
O fato é que não quero lembrar o outro da minha existência: quero apenas ser lembrada por ser quem eu sou. Por ser alguém na vida dele. Alguém que vai além daquela que senta perto só pelo simples fato de estar lá, seja mal-humorada ou não. Alguém que ele sinta falta, que ele mande mensagem quando ver alguma coisa legal... alguém que ele convide para sair ou até mesmo pra ir ao boteco da esquina para passar 20 minutos. Apenas alguém diferente.
E é assim que percebo que uma das linhas se quebrou entre o meu gostar de verdade e a minha indiferença.

Sunday, March 14, 2010

Meio

Ando meio corrida, meio desligada, meio com medo.
Corrida de trabalho, faculdade, comissão.
Desligada dos amigos, dos inimigos, dos exercícios.
Com medo de falar, de agir, de fazer acontecer.
Tudo assim: meio. Nada por inteiro.

Monday, March 08, 2010

Por que será...

... que é tão difícil de encarar certas pessoas de frente?
Eu não consigo.

Friday, March 05, 2010

Sempre clandestina

Quando se quer desviar a atenção de determinado pedaço da sua vida, você respira fundo, vira para o lado e se apega à atividade que mais toma o tempo do seu dia: o trabalho (pelo menos no meu caso).

Faz de tudo para se focar ao máximo, pensa em outras coisas no mínimo, realiza tarefas da melhor maneira possível, sem deixar que o tempo sobre. Sem deixar que o tempo reflita o sentimento. Racionaliza.

Os sentimentos são tolos, mesmo quando verdadeiros. Alguns de nós se apega a eles como se fossem grandes verdades. Deixamos que as coisas aconteçam e, sem perceber, surge um coração saltitante, uns olhinhos brilhantes, uma promessa ao pé do ouvido...

Por outro lado, quando as coisas se tornam mais claras aos nossos bobos olhinhos e percebemos que, na verdade, os sentimentos não são grandes coisas para as pessoas do mundo de hoje, tudo se perde junto com a poeira da secura. Tudo seca. Tudo murcha.


A felicidade sempre iria ser clandestina para mim

Monday, March 01, 2010

Pedacinhos da bela Ilhabela









E a semana passou assim: com as cores mais lindas e vibrantes, as amigas muito queridas e com o sorriso no rosto.
A vida está aí para ser vivida da melhor maneira possível.