Um dia, as pessoas ao seu redor vão acordar e olhar para o lado e, de repente, vão se surpreender. Era tudo uma farsa. Uma verdadeira farsa. Ela era a farsa em pessoa.
Um dia, as pessoas descobrirão que ela se vale de uma máscara e, quando esta cair, nada vai sobrar. Nada além dela mesma, sozinha, sem companhia, despida de todos os seus pensamentos. Dos seus sentimentos.
Um dia, descobrirão que ela não é tudo isso o que pensam. Pensam, fazem uma imagem dela, mas ela não é nada disso. É muito menos. Não entende o porquê as pessoas acham que ela sabe tanto, pois, no fundo, não sabe de nada.
Admito que ela se deprecia. Pensa que não é capaz. Pensa que nunca vai conseguir. Desanima. Não enfrenta. Tem medo.
A cada dia que passa, vive mais um dia, mas sabe menos sobre a vida. Brinca de saber, de se encher das coisas boas, mas, ainda, se sente só. Sente-se só como a menina que brincava sozinha com os seus inúmeros amigos imaginários ou que tagarelava sem parar na sala de aula e tomava bronca por isso.
Não entende a mente humana e muito menos os sentimentos alheios. Humana demais, espera demais e sonha demais com o que não vem. Não sabe mais o que é certo ou errado e vive se perguntando se o seu gostar também não passa de mais uma farsa para se refugiar de si própria. Vive se perguntando se somente ela vive numa grande farsa ou se a vida que é assim e que ela tgem que se adaptar.
Um dia, a farsa acaba, a festa acaba e nada mais sobra além da tristeza e da auto-destruição.