Clichê ao extremo. Mania e tradição de todo final de ano: cá estou eu com o meu balanço anual. Acho importante, acho natural, acho válido e acho, ainda mais, que é hora de pensar nos erros, acertos e tentar fazer algumas coisas diferentes.
Foi um ano cheio de términos e inícios. Término da segunda faculdade, da vida de estagiária, da representação dos alunos, da comissão de formatura. Verdadeiro início da carreira que escolhi para fazer durante um bom tempo da minha vida (dizer que é para o resto da vida é muito tempo e gosto de pensar que posso mudar quando achar que isso não é mais aplicável a mim). Início da vida real, dos planos mais concretos.
Neste ano foram diversos os momentos em que pensei em desistir. Acabei me deparando com muitas das minhas frustrações de uma vez só e percebi o quanto as pessoas podem ser mesquinhas, arrogantes e incompreensivas. Até aí, nenhuma novidade, afinal, todo mundo sabe que o mundo é injusto, algumas pessoas são escrotas, etc, etc. Mas ainda sim, é difícil de lidar com determinadas situações em que você tenta ser o mais transparente possível, o mais correta possível e, ainda sim, fazem seu mal julgamento.
Foram lágrimas doídas, cansaço interminável e preocupações sobre preocupações, mas acabou... pelo menos por enquanto. E com tudo isso, aprendi que não adianta querer agradar as pessoas, mas sim, devemos sempre fazer e seguir o caminho que achamos certo e apenas deitar a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila.
Ainda sim, por óbvio, a vida seguiu seu rumo. Conheci a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Revi amigos queridos (que moram fora, que estudaram comigo no colégio, de outros carnavais). Reatei amizades que, por um bom tempo, achei que jamais voltassem a existir.
Passei por grandes decepções e fracassos, mas hoje prefiro pensar que tinha que ser assim e não de outro jeito. É difícil lidar com o fracasso quando todos os outros ao seu redor conseguiram e você não, mas a gente sobrevive, cresce e aprende. Faz parte de todo o processo.
Aprendi um pouco mais sobre o que é ter amizades de verdade. Vi meus amigos muito menos do que gostaria, mas foram sempre momentos especiais. E com a minha maior e melhor amiga (e, de quebra, minha irmã) não poderia ter sido diferente. Brigamos, fizemos as pazes, brigamos de novo, choramos juntas... e tudo isso só nos ajudou a crescer e a nos respeitar ainda mais, cada qual com a sua maneira de ver o mundo. A confiança foi reconquistada e o aprendizado ainda maior. Sem ela, não sei o que seria de mim. Longe ou perto, estamos sempre juntas.
Assim foi o ano: aprendendo a lidar com o crescimento, as vontades, as frustrações e as desilusões. Quebrei alguns dos meus princípios, alterei conceitos, deixei algumas das minhas próprias regras para trás. Sem arrependimentos. Aprendi a ser mais leve e devo levar tal leveza para 2012.
Último post do ano. Último dia com a "idade velha". Amanhã alguma coisa diferente surgirá.
Seja bem vindo, 2012.
2 comments:
Você pode até achar que as pessoas conquistam tudo aquilo que querem e só a gente parece que tá sempre atrasado. Mas esse sentimento é ilusório. Uma vez li uma frase que dizia mais ou menos assim: "Cada um sabe a tristeza e a alegria de ser o que é". E como você mesma disse: enquanto ainda acreditarmos, tudo ainda é possível. Beijoooos
Seguido leio o teu blog, interessantes teus posts.
Te escrevo para divulgarmos nosso blog, ainda está em processo de expansão. Se quiser nos acompanhar e dar umas risadas: www.o-cercadinho.blogspot.com
Será um prazer te ter nos visitando lá. O que é O Cercadinho? Segue uma apresentação para te situares. Em cada relacionamento afetivo, os envolvidos ficam restritos a um espaço, O Cercadinho, onde acontecem as interações. Em algumas fases, está cheio de "queridas", mas em outros, quase vazio. O Cercadinho é o resultado das conquistas amorosas, onde cada um preenche à sua maneira e gosto. Pode ter o critério de cotas e uma de cada: loira, morena, mulata, ruiva e/ou japa. Com faixas etárias e tipos variados. Até monogâmico com apenas uma mulher selecionada.
Neste blog, somos cinco homens escrevendo relatos e histórias, sem pretensão literária sobre O Cercadinho. Heitor faz o estilo confuso e rebuscado. Apaixonante e cafajeste, este é Wanderlei. Já Cebola faz o estilo 100% sincero e sem rodeios. Seco, objetivo e um pouco bagual com sentimentos, assim é Iberê. E Marcão, bom, esse é trash total. Entre no nosso Cercadinho e boa leitura.
Iberê
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