O ano muda, as pessoas nem tanto. E não é por não quererem, mas sim porque o processo de uma mudança profunda leva tempo. Leva tempo para entender que algumas coisas estão um pouco mais arraigadas que outras. São conceitos, maneiras de viver e de encarar as coisas e até mesmo de colocar as coisas na balança que fazem a diferença quando a real vontade é de, no fundo, mudar uma porção de visões.
Você passa a não se importar com algumas coisas, mas ainda sim, dá atenção em demasia a tantas outras que não devem ter sequer atenção.
Algumas pessoas sentem necessidade em falar determinadas coisas que, no fundo, não precisam ser faladas. Elas simplesmente ficam subentendidas nas entrelinhas. Então, pra que abrir a boca? Qual é essa necessidade? E por que essa agonia? Eu também não entendo. Penso, penso e quanto mais eu penso, mais o nó se faz na minha cabeça. E a gente tenta ficar quieta quando a vontade é de falar, falar e falar, por mais que não se saiba bem ao certo o quê. Isso definitivamente não está certo. Mas talvez também seja parte do processo de alterar, desfazer, refazer e ver no que dá.
Outras tantas pessoas não sentem qualquer necessidade de falar feito uma matraca doida. Elas se contentam com o silêncio próprio e o alheio e seguem sua vida sem olhar para trás. Mas até onde isso também é saudável? Até onde isso faz parte de crescer e perceber o que se quer ou não? Se não está contente, simplesmente aceita em silêncio?
Acho que estou no meio desse processo louco de me conhecer e saber até onde vai meu limite. Ou, talvez, no começo, em uma visão mais conservadora. Ao que parece, será um longo caminho tortuoso, mas que estou disposta a seguir... afinal, não dá pra ser a mesma e cometer os mesmos erros sempre. É hora de mudar.
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