(*) Arquivo Pessoal: Av. Paulista, São Paulo, fevereiro/2013 |
Desceu os onze lances de escada calmamente. Não encontrou pessoa alguma no caminho. Chegou ao térreo, passou pela catraca e, depois de dez passos largos, abriu um sorriso... "estou livre novamente". A direção pouco importava, apenas queria a sensação momentânea de liberdade. Liberdade (ilusória) de um sistema que comprime com mão pesadas e ríspidas.
Ainda na calçada, tirou os sapatos e colocou seu par de chinelos já tão gastos. Soltou os cabelos e andou até encontrar um jardim. Já descalça e com a grama verde e maltratada sob seus pés, pensou que nem tudo nessa vida é feita de concreto.
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