“But one thing I’ve learned
For every love letter written
There’s another one burned
So you tell me how it’s gonna be this time…”
(Hole in my soul – Aerosmith)Sim, it’s been a long time... e sinto falta do meu espacinho-de-cada-dia para expor minhas vontades, meus anseios e meus pensamentos incompletos… parece, até mesmo, que andei meio perdida, meio sem um pedacinho... afinal, muitas coisas se passam dentro do mundo de FCS. Para permanecer apenas dentro deste mundinho.Bom, vou “imitar” minha amiga F.M. e dividir minhas peripécias em três pequenos atos...
- 1º ato: de acaso com o desencontro
Quarta-Feira... dia comprido, meio de semana! Dia cansativo, mas sempre com algo de bom. Não vamos ter última aula... apesar de eu amar Antropologia, fiquei realmente feliz por poder ir embora mais cedo. Além disso, aquela pessoinha interessante – diga-se de passagem – estava lá muito "interessantemente" conversando comigo. Meu Deus, como pessoas inteligentes me atraem! Na verdade, não é bem a inteligência, mas a pessoa que sabe conversar e que tem real conteúdo... Adoro poder ter a oportunidade de poder conversar com alguém assim. Mas, como nem tudo é perfeito, tinha que acontecer alguma coisa... O encontro com o desencontro. Urghhh!!! O pior é que, como não sei disfarçar nadinha de nada, acho que ficou mais do que claro que eu não estava confortável com a situação, mas tudo bem. Resultado: ligação desesperadora para aquela que me acolhe... uma fofa! Um anjo.. sempre! E comecei a ouvir com mais atenção e pedir também algumas “coisinhas” para o universo...
- 2º ato: surpresas
Enfim, comecemos do começo: agradáveis surpresas aparecem no meu caminho. De repente percebo algo em mim que nunca havia descoberto. Um lado novo, aliás, “muito novo até demais”... depois de tudo pelo que tenho passado, depois de ter mais de 1500 amigos registrados nos meus "Orkuts da vida", depois de tantas coincidências e surpresas, uma pessoa ainda consegue me surpreender. Surpreender no sentido bom da palavra, no sentido de que ainda há pessoas que se importam com as outras ou que se mostram interessados por elas.
Ok, você não deve estar entendendo nada, mas eu explico: a pessoa aqui que vos fala, muitas vezes se passa por “boba”, “inocente” e até se acha, de verdade, benevolente demais para com os outros. De repente, um dia, aparece um alguém na sua vida que se mostra tão intenso quanto ela e que, no final, desmonta o castelinho no qual a princesinha vivia. A partir daí, a princesinha entra em completo e absoluto desespero e acredita que nada mais a impressionará ou que, ninguém mais será verdadeiro o bastante, pois o mundo mudou, os conceitos mudaram, os valores caíram por terra. Mas, aí é que vem o “x” da questão: será que todas as pessoas que se aproximam são assim?! Talvez não, talvez sim... mas é sempre mais fácil generalizarmos certas idéias para vivermos em conforto e conformidade consigo mesmos.
Após estes pequenos “parênteses”, volto à minha agradável surpresa: eis que estou num local com mais outras 61.999 pessoas e surge uma para conversar comigo. Eu, como sempre, conversando com todo mundo, aceitei conversar com mais uma pessoa que, ao meu ver, tinha a carinha de uma criança fofa e nada mais. De início, meu pré-conceito até pensou: “ai, lá vem com historinhas” e, eu confesso, não tenho muita paciência para “xavecos furados” e coisas do tipo. No entanto, para minha completa surpresa, foi exatamente o contrário: uma pessoa simples, inteligente e muito interessante de se conversar... engraçada, pois acabou me fazendo rir e conseguindo prender minha atenção a ponto de eu deixar meu propósito principal de lado – A Banda – para prestar olha para o outro.
Primeira surpresa: ele me beijou. Não, eu não beijo estranhos... mas acabei me permitindo e, pasmem: não fiquei nem um pouquinho arrependida.
Segunda surpresa: uma pessoa fofa, não-alcoolizada, educada, gentil, mais alta que eu (pasmem novamente!) e que falava coisas que faziam completo sentido. Fato: ele sabia conversar.
Terceira surpresa: ele falou de certas coisas que eu duvidei... acho que depois de tudo, acabei perdendo e muito a confiança na “classe” em questão, no entanto, eis que era tudo verdade... sim, completa surpresa neste ponto! Como eu descobri? Isso não vem ao caso, não é mesmo? Todos têm uma veia investigatória em si....
Quarta surpresa: ele pediu o meu telefone...
“- O meu telefone? Pra quê?! Você não vai me ligar mesmo...
- Duvida?!
- Com certeza... mas, vamos lá... meu telefone é....”
Quinta surpresa: terça-feira, durante a palestra sobre Direito Trabalhista, eis que o celular vibra.... um número estranho... “ah, mas não pode ser...” E não é que era mesmo?!
Sexta surpresa: Deus do céu... ele deve estar louco... ele quer sair comigo.. e no SÁBADO!!!! Pausa para uma pequena explicação: Sábado é o dia internacional da balada... como pode uma pessoa que acabou de me conhecer, ligar com tanta antecedência (em relação ao sábado, óbvio) e ainda reservar seu dia internacional para sair comigo?!?!!
Bom, surpresas a parte, o importante de tudo isso é que realmente estou surpresa com o mundo e ele mesmo anda me ensinando, mais uma vez que generalizar não é a alma no negócio...
- 3º ato: sonhos
Andei sonhando coisas desagradáveis ultimamente e não é que meu subconsciente juntamente com meu sexto sentido estavam caminhando juntos e me avisando de algo que só eu não conseguia enxergar?! Pois é... agora eu abri os olhos e enxerguei ainda mais... mas, desta vez, sem nada para impedir, sem nada para embaçar minha visão... apenas ela estava lá, límpida e cristalina e somente um cego não poderia ver... afinal o pior cego é aquele que não quer enxergar e, talvez, este fosse meu caso...
Acreditar numa pessoa é uma coisa e ver os fatos ocorrerem de forma “estranha” é completamente diferente... mas o legal é que, por meio de um sonho, algo tão simbólico, eu percebo que nem tudo que reluz é ouro... hehe.. chega, não é mesmo?! Outra lição aprendida: it's high time you moved on, baby!!! Aguardem as cenas dos próximos capítulos...