Estou no meio da ponte. Devo seguir em frente ou devo olhar para trás? A ponte é gigantesca e parece sem fim. Ela me leva ao desconhecido, ao que eu não posso prever e nem sentir. Estou dividida. Ao olhar para trás, percorro um caminho extenso de lembranças boas e, ao mesmo tempo, amargas. Aí me pergunto: pra quê? Sem necessidade. Ao olha pra frente, me questiono: Será que o novo não pode trazer coisas melhores? Coisas que me saciem de verdade e que eu não tenha que fingir em me satisfazer? Não sei... acho que ninguém sabe... só sei que stou amando a nova fase das descobertas e planejando o sepulcro daquilo que não serve mais... a caixinha que eu guardei tanto e com tanto amor agora, não me serve para mais nada. Não sei se a jogo da ponte, se a deixo lá no meio ou se, simplesmente, esqueço que ela existe e sigo em frente, deixando ela ali no meio, sem olha para trás, jamais...
“Nem surgisse um olhar de piedade ou de amor
Nem houvesse uma branca mão que apaziguasse minha fronte palpitante...
Eu estaria sempre como um círio queimando para o céu a minha fatalidade
Sobre o cadáver ainda morno desse passado adolescente.”
(trecho de: “O olhar para trás” – Vinícius de Moraes)
3 comments:
Foto: O caminho vazio por Armindo Dias
eu leio!
eu leio!
e adoro!
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o meio da ponte é uma imagem que me agustia. angustia porque, quando se está no meio da ponte, não mais prá frente e nem mais prá trás do meio, mas exatamente no meio... ah!, a verdade é que tanto faz. ir prá frente ou prá trás, a verdade é que tanto faz.
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agoooora... qual é a possibilidade de se estar exatamente no meio de uma ponte? hã, hã. nãnãninãnão. na grande maioria das vezes, a gente está seeeempre mais prá frente ou mais prá trás, a-ha, me engana que eu gosto que, dentre taaantos pooontos da porra da ponte, você tá justo no meio? justo no meio?
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mentira. vc já passou do meio. e a porra é que sabe disso. pode até ser preciso engolir um nacho supreme imenso prá ajudar a descer o sapo áspero da frustração de eu-quero-mas-que-droga-que-não-tenho-e-ai-que-ódio!, mas vc sabe que já passou do meio.
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o meio é aquele momento em que não existe cheiro, não existe brisa, não existe cor, não existe movimento, não existe toque, não existe essência, não existe nada.
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mude.
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só o que está morto não muda.
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amo, sempre, horrores!
Amo demais vc, Flavinha... sem noção.. com ou sem nacho supreme master... hehe
Voc~e tem razão em cada palavra proferida... don't worry... realmente já passei do fucking meio... agora é só parar de olha para o nada que ficou lá atrás e olha para o tuuuuudo que está por vir aqui, bem na minha frente!!!
Amo de paixão, amiga! Thanks always!!!!
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