Sunday, December 02, 2007

* So spontaneous *



Tenho uma pergunta: espontaneidade demais assusta? Dá pra dizer que assusta estes bichinhos chamados homens? Não sei. Sempre fui espontânea demais, mas ela disse que eu devo tomar cuidado, pois eles não estão preparados para tanto. Ha! Preparados? Pra que? Eles nunca estão preparados pra nada! Desculpe, meninos, mas é verdade. Sempre tem uma desculpa daqui, outra de lá, mas é muito difícil darem a cara pra bater. É mais fácil ficarem em seus cantos, encolhidos, como se nada fosse com eles diretamente. Ou sair andando e deixar que os outros falem sozinhos, ou as outras, neste caso.
Não sei como segurar a espontaneidade, tanto que não sei que tenho tentado controlar minhas ações. Estranho isso. Estranho parar e observar o outro. Não estou acostumada. Estou acostumada a fazer tudo junto e ao mesmo tempo. Estou acostumada a chegar e dar reais abraços em pessoas que realmente importam para mim. As que eu não conheço, cumprimento. Eu sou assim e não sei ser diferente. Não consigo ficar quieta diante de certas situações. Na verdade, tenho me controlado muito para não dizer tudo o que penso e sinto para determinadas pessoas. E aí que fica a questão: até que ponto tenho que deixar de dizer coisas somente para agradar os outros? Para um dá vontade de falar: nossa, como você é trouxa... não vê que esta pessoa só está te usando como seu brinquedinho? Pro outro: meu... vai arranjar uma coisa pra ocupar a sua cabeça. Você está precisando. Ficar aí de bobeira, sem fazer nada, faz você pensar. Ainda se fossem coisas úteis! E assim vai indo. Melhor deixar que cada um viva da maneira que achar melhor e eu continuar vivendo à minha maneira, sem me preocupar com as sombras e guardando bem guardadinho o que deveria ser dito, mas que nunca será.(*)
(*) Texto escrito em 27/09/07. Eu não imaginei que um dia fosse postar este texto, no entanto, aqui estamos nós. Como a minha espontaneidade não mudou muito de lá pra cá, o texto ainda tem a sua atualidade!

3 comments:

Fernanda S. said...

Foto: Bob Sponja em um momento "scared to hell"!

jsfhidhfidhfiwu said...

Credo! É verdade, com a New Age e a Era "Paz e amor", "Sou da Paz", "Uni-vos como amiguinhos", "Seja Feliz", "Ninguém pode me julgar" o mundo ficou infantil. Tão que infantil que perdemos o Discernimento. Vivemos num mundo onde as pessoas são Individualistas (a idéia de que somente eu posso dizer que um julgamento esteja correto para mim), Relativistas (os outros podem ter idéias diferentes que são certas para eles. Daí eu acho que não tem problema se levantar para o velhinho se sentar, pois não estou no banco cinza do metrô, o qual é preferencial a eles.)e ainda Voluntaristas (essas idéias são tão válidas quanto as minhas porque tão foram escolhidas.)E nesse mix todo podemos encontrar a passividade masculina, os "forever young" e os símbolos de status. Lembra daquela briga Relativismo Ético X Objetivismo Ético? O Discernimento se encontra bem no meio, bem onde Aristóteles disse que estaria! Discernir é tomar a atitude correta sem se deixar desviar por considerações periféricas, mesmo sem a garantia de sucesso. Agora, como se pode ser correto se não se consegue fazer uma crítica sem ser tomado por injusto, se nós nos sentimos ofendidos por qualquer coisa, se nos amamos incondicionalmente e somos controlados por padrões de comportamento efêmeros e desprovidos de conteúdo moral? Acho que o melhor a se fazer é ocultar certas idéias, ignorar os falatórios e sorrir educadamente, afinal reclamar de inadequação é infantil. Go slow Lady Spontaneous.

Baci

marcos said...

Sem comentários.
Beijão & stay 100% spontaneous.