Tuesday, June 30, 2009

Surreal


Surrealismo = "Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento" ((André Breton no Manifesto do Surrealismo))

Subconsciente que vem à consciência e se expressa livremente. Não há censura, nem riscos de errar, pois não há certo e, muito menos, errado. Pensamento livre, sentimento, irracionalidade. Tudojuntoemisturado.

É o olhar pra si mesmo e ver o que há de mais profundo. Deixar o pensamento fluir para onde quer que seja e se levar pelas cores vivas e pelas coisas consideradas esquisitas. É criar, viver e recriar, sem medo de se feliz. Usar a melancolia, a nostalgia a alegria sem limites. Expansão.

Momentos, simplesmente, surreais na minha vida.

Monday, June 29, 2009

Needed


Somethings are not supposed to be written ever.
But I keep writing anyway.
And I still keep posting them as well.

((Being sttuborn: one of my favorite and worst characteristics))

Sunday, June 28, 2009

Desabafo

Ela chegou em casa e mal se despiu e foi escrever. Foi escrever na escuridão de um quarto onde outra pessoinha dorme e nem sonha com a tristeza que há no seu coração.
Ela não brinca com o sentimento alheio e se sente uma pessoa pior por acreditar que ainda há pessoas assim no mundo. Malditas expectativas. Malditas esperanças depositadas no outro.
Ele, por outro lado, acha que um e-mail resolve tudo. Ele não a beijou por e-mail, não a sentiu por e-mail, mas acha que o e-mail é a maneira correta de dizer as coisas, já que não consegue dizer na cara que não quer mais nada. Ela, num primeiro momento, não entendeu nada do que estava escrito. Ela acha que as coisas não devem ser desta maneira, pois sempre foi muito sincera em seus pensamentos e sentimentos e apenas queria olhos nos olhos dizendo o que realmente o outro está sentindo e nada mais. Sinceridade é tudo que se pede neste momento. E só isso, nada mais.
Se enche de expectativas de uma pessoa que não está preocupada com o que está acontecendo. Simplesmente não está. Ele sabia que ela não estava bem, mas não falou uma palavra sequer de consolo. Abraçou um abraço apertado apenas confortável, mas não quer saber o que está acontecendo de fato. Sai. Se preocupa com outras pessoas e coisas que acontecem lá fora. Não manda uma mensagem sequer depois. E ela, por sua vez, senta, espera, derrama uma lágrima.
No fundo, ela não é a pessoa forte que todos pensam. Ela tem sentimentos e ela vive deles como se fossem as coisas mais importantes na sua vida. E se decepciona também com as pessoas ao seu redor que se fazem de suas amigas ou que se aproveitam de determinadas fragilidades.
O outro sequer se despede. Apenas dá uma rosa vermelha que, mais tarde, será despetalada. Despetalada como seu coração foi, mais uma vez. Camada por camada, sem dar chance para o desabrochar.
Quando ela chega em casa, ainda tem que se deparar bem ali na sua cara com as iniciais da outra dizendo que deve se fazer algo nunca feito para se ter o que nunca teve. E, assim, ele deixa ainda mais claro que essa que o lê é apenas mais um nome de um passado próximo.
A verdade é que ela não quer mais criar expectativas. Quer deixar-se viver da melhor maneira possível, longe daqueles que ela julga serem insensíveis aos seus sentimentos.
Quanto a ele... bem, ele vai ver aonde está se envolvendo e, certamente, verá uma porção de coisas que agora, na visão quase cega dele, são imperceptíveis, pois não quer enxergar como a outra realmente é.
Quanto à ela, sua tristeza irá embora e ele não mais a machucará, ou melhor, ela não mais criará falsas expectativas em cima das pessoas erradas. Ficará longe dos sentimentos e das desilusões. Os tombos são sempre realmente grandes e as falsas promessas ainda maiores.
Os planos se foram sem ao menos ter uma explicação lógica. As fantasias e os sonhos se desmancharam como um toque de mágica e, como ele mesmo disse - provalmente não para ela - "Irreal como tudo aconteceu."



*Sofremos do mesmo mal: Fundo de Garrafa: Um ou em um (num)

Thursday, June 25, 2009

A Rainha


A vida funciona, praticamente, como um jogo de cartas. Elas são embaralhadas e neste meio você não sabe se vai ou se fica. Não sabe se se atirar é a melhor forma de encontrar a felicidade ((ainda que clandestina)) ou se espera pacientemente até que as coisas aconteçam e vai, simplesmente, "vivendo".

De uma forma ou de outra, uma carta é tirada do baralho e lá está o primeiro passo para um novo caminho entre as mais variadas opções. Carta após carta vai sendo tirada do bolo e o caminho vai sendo construído... às vezes com cores pretas, às vezes com vermelhas e nem sempre tudo anda bem ou como o esperado. Você não sabe ao certo aonde o caminho vai dar, mas sabe que no fim, ele vai dar em algum lugar. Busca a sua felicidade aqui e ali, percebe que ela sempre esteve com você, até mesmo quando a última carta foi dada e em um sopro apenas o seu castelinho se desmoronou, fazendo com que todas as cartas fossem embaralhadas novamente e colocadas à sua frente para que as escolhas recomeçassem de alguma forma, em algum lugar.

Sem demora e sem pensar, você recomeça e vê que nem é tão ruim assim um recomeço. Você descarta as cartas que não te servem mais e, às vezes, você se torna a carta a ser descartada.
Na verdade, o recomeço, muitas vezes, se torna mais que necessário. E recomeçar como Rainha de Copas, é a melhor maneira de se recomeçar...

Countdown


It's missing only twelve days for my trip. Can't wait. Looking forward to it =)

Monday, June 22, 2009

A long way

Quatro anos já se passaram e, fazendo um breve balanço, não foram apenas quatro anos, mas longos anos da minha vida. Foi um tempo em que eu aprendi demais, mas também chorei demais. Ansiava por algo que nunca seria meu. De início achei que quatro anos fechada às possibilidades e ao mundo que me rodeava me faziam mal. Não tinha coragem de me envolver com outras pessoas e muito menos ânimo para aguentar as bipolaridades alheias. Tinha preguiça em pensar na possibilidade de ter que ficar dando satisfações de onde eu ia, como eu ia e que horas eu voltava e mais preguiça ainda de ter que cobrar certas atitudes já previamente esperadas. Não conseguia me imaginar "presa" novamente a alguém e muito menos conseguia enteder o que tinha acontecido neste mesmo dia há quatro anos atrás.
Com o passar do tempo, percebi que nem tudo tinha que ser tãorigidamenteseguidoàrisca e (re)comecei a voltar o meu olhar para o meu redor e ver que nem tudo são flores, mas também não há só espinhos.
Dia após dia, ano após ano, lágrima após lágrima, achei que tivesse aprendido horrores e que jamais me deixaria cair numa armadilha como essas novamente. Achei errado. Mesmo assim, não me arrependo... a cada situação, uma nova experiência. A cada pessoa, um novo aprendizado. A cada ano, uma nova fechadura que se abre para as cores, mas que se fecha e afasta as dores.
Enfim, quatro anos se passaram e, pra mim, parece já serem dez... thank God!

Friday, June 19, 2009

Frase da semana

"Don't be reckless with other people's hearts,
don't put up with people who are reckless with yours."


Com o passar da semana eu percebi o quanto as pessoas podem se tornar frias e distantes e quanto eu ainda tenho aa aprender. Um pouco de Sunscreen não faz mal a ninguém.

Thursday, June 18, 2009

Someday we'll know...





Ninety miles outside Chicago/Can't stop driving I don't know why/So many questions I need an answer/Two years later you're still on my mind/Whatever happened to Amelia Earhart/Who holds the stars up in the sky?/Is true love just once in a lifetime?/Did the captain of the Titanic cry?/Someday we'll know if love can move a mountain/Someday we'll know why the sky is blue/Someday we'll know why I wasn't meant for you/Does anybody know the way to Atlantis?/Or what the wind says when she cries/I'm speeding by the place that I met you/For the 97th time..... tonight/Someday we'll know why Samson loved Delilah/One day I'll go dance on the moon/Someday you'll know that I was the one for you/I bought a ticket to the end of the rainbow/I watched the stars crash in the sea/If I could ask God just one question/Why aren't you here with me....tonight

Tuesday, June 16, 2009

É pra você...

Vem cá... deixa eu segurar a sua mão e olhar nos seus olhos. Não, eu não quero te fazer mal algum e muito menos entrar aonde não sou chamada.
Deixa eu te ter perto de mim mais uma vez e saber o que está acontecendo. Deixa eu ser sua amiga e até te oferecer um ombro ou um ouvido, o que você precisar, eu não me importo. Estou aqui pra te escutar.
Deixa eu fazer parte da sua vida, nem que seja um pouquinho... eu não quero te atrapalhar e jamais vou querer o teu mal.
Vem cá... vem sem pressa, mas não demore muito. Venha no seu tempo, do seu jeito. Vem continuar a me encantar com seus olhinhos de menino. Vem continuar a fazer meus dias mais felizes, meus sorrisos mais abertos, meus olhares mais intensos. Vem continuar a me mimar, a me fazer brincar...
Deixa eu ficar por perto, nem que seja um pouquinho só pra tentar te entender bem. Deixa eu compartilhar os meus segredos e meus medos com você... minhas alegrias, minhas tristezas.
Deixa eu fazer parte do teu silêncio angustiante para me silenciar também. Deixa eu entrar nos seus pensamentos "tácitos" para deles fazer parte.
Deixa que a chance venha e a gente se distraia junto, fazendo com que exista o nós e não o eu e você separados.
Deixa a minha saudade e minha vontade de lado e vem...

Sunday, June 07, 2009

O fim

São dois, mas há três no meio. Três que pareciam fazer a diferença entre dois e somá-los a cada dia quando, na verdade, a divisão era inevitável. São três que não sabem como as coisas ficarão depois de uma decisão unilateral de dois onde a subtração só pode resultar em um pra cada lado.

Era inevitável. Sabíamos que o fim estava muito próximo, mas não sabíamos precisar bem quando e como. Quando a situação já está insustentável por alguns longos anos, não há mais diferença entre o que é ruim e o que é péssimo. São inúmeras as situações e os diálogos cortantes presenciados todos os dias que desgastam, machucam, fazem doer por dentro. E no silêncio velado, as pessoas tomam atitudes e decisões sabendo das consequências que vão causar, mas, ao mesmo tempo, conseguindo a coragem e a determinação para continuar adiante e enfrentar o que quer que seja que apareça pela frente.

São poucas as situações que me deixam quieta. Eu sempre tenho palavras pra tudo, mesmo que, muitas vezes, acabe falando besteira... desta vez, no entanto, não tenho o que falar. Não sei como agir ou reagir, o que pensar e como serão as coisas daqui pra frente. Não sei se choro ou se suspiro de alívio por esta situação toda acabar e ninguém mais precisar fingir ser feliz diante dos outros. Não sei, sinceramente, como será o amanhã. Talvez esteja em choque com a notícia dada assim. Silêncio.

Wednesday, June 03, 2009

bemmequermalmequer


Eu sei que não tenho sido umas das pessoas de mais fácil convivência nestes últimos dias. Sei também que as pessoas se enchem e eu me encho comigo mesma muito facilmente. Fico me sentindo irritada, carente, chatinha, mas não sei o que fazer... e, pra piorar, parece que tudo acontece nestes dias. É bronca de um lado, são problemas do outro, família do outro e por aí vai. Parece que nada vai se encaixar e quando você vê... ops! You did it again!

Não gosto de ficar assim, mas também não sei reverter o quadro. Como eu disse "estou aprendendo" uma porção de coisas a cada dia. Uma delas está sendo lidar com o meu medo e minha auto-defesa que insistem em ficar aqui colados em mim. Ah, e agora tem a insegurança que não para de me atormentar...

Quando digo que não ligo para certas coisas é porque realmente para mim elas não fazem a mínima diferença. Eu realmente quero a felicidade e o bem-estar... Mas, ao mesmo tempo, é complicado deixar o que as pessoas pensam totalmente de lado e viver apenas a minha vida. É incrível como certas opiniões e situações ainda fazem toda a diferença no meu dia-a-dia, por mais que eu não queira.

As coisas não são fáceis e muito menos da maneira que imaginamos. Enquanto elas acontecem, meus pensamentos pairam em lugares absolutamente inusitados e viajam para tão longe que se perdem por aí fazendo com que eu fuja da realidade e passeie por lugares desconhecidos... fico pensando em coisas que não acontecem ou que realmente acontecem, mas na minha cabeça aparentam ser muito pior do que realmente são e quando dou conta de mim mesma, já estou pensando novamente no jardim com a grande margarida amarela, despetalada, brincando de bemmequermalmequer e a tristeza toma conta de mim. Mais uma vez.