"Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem...”
(Senhas – Adriana Calcanhoto)
Sabe aquela poltrona super confortável que você senta e esquece da vida por alguns bons momentos? E, uma vez sentada nela, você não tem mais vontade de fazer nada, somente ver a vida passar... Nem mesmo se o mundo lá fora desabar você se preocupa, afinal você já está bem e conformado com a sua condição de ficar ali por um tempo ilimitado.
Sabe aquela poltrona super confortável que você senta e esquece da vida por alguns bons momentos? E, uma vez sentada nela, você não tem mais vontade de fazer nada, somente ver a vida passar... Nem mesmo se o mundo lá fora desabar você se preocupa, afinal você já está bem e conformado com a sua condição de ficar ali por um tempo ilimitado.
Ou, por outro lado, você senta numa cadeira dura e velha que não tem graça alguma e, mesmo assim, você não faz força ou questão nenhuma de mudar de lugar. Você muda de posição “n” vezes, mas não tem a capacidade de se levantar e ir procurar um lugar melhor pra se acomodar.
Comodismo... É péssimo você se acomodar com uma situação a qual você não gosta de estar inserido ou que não te dá prazer algum ou que te dá prazer e você até gosta, mas ainda está faltando um algo mais...
Conformismo... É terrível você apenas se conformar com as coisas porque sua condição é essa ou porque não tem forças, coragem ou guts para reverter tudo isso.
Eu já fiz parte do “time” dos conformados e acomodados por um bom tempo. Aliás, talvez ainda faça, mas tento incessantemente deixar isso de lado. Saía quando minha vontade era de ficar em casa. Ia trabalhar em lugares que não me davam valor e acabava indo sem o menor prazer quando, na verdade, queria ficar assistindo Sessão da Tarde com as pernas pra cima sem pensar em absolutamente nada. Abraçava as pessoas quando, na verdade, queria ser abraçada, acolhida. Sempre passava toda a segurança possível e imaginável para aqueles que estavam ao meu redor. Sempre disposta a ouvir, alegre a falar e pronta para fazer qualquer coisa para alegrar o outro seja através de uma piada ou de um ombro amigo. Adiantou alguma coisa? Nada! Alguém deu algum valor?! Nãããããoooo!!!
É cômodo para as pessoas terem alguém ao seu lado que é sempre certinha, que nunca vai “sair da linha”, que não vai te trair, que não vai querer te magoar, que não vai te pôr um par de chifres, que não vai olhar para o lado na sua ausência, que não vai plantar a dúvida no seu coração, que não quer outra pessoa a não ser você... e a tal pessoa que faz tudo isso acha que vai ser “reconhecida” de alguma forma ou que ela possa vir a ganhar uma espécie de “prêmio Nobel aa sinceridade e da honestidade”. Tudo bull shit!
É cômodo também para as pessoas terem aquilo que elas querem na hora que elas querem. É assim, fácil! “Eu quero”, “Eu desejo”, “Eu almejo”, então terei agora! Como se a pessoa tivesse uma varinha de condão ou um amigo gênio que mora na lâmpada e lhe concedesse três preciosos desejos! “Ah, eu quero uma nova bicicleta!” ou “Quero uma casa nova!” ou ainda “Quero ficar com essa, aquela e aquela outra também”... e aí, as pessoas se acomodam, achando que podem ter tudo na hora que elas querem. Mas as coisas não são bem assim. Todos os envolvidos no comodismo de alguns sofrem de alguma forma, afinal, somos seres humanos e temos algum sentimento dentro de nós ainda que o racionalismo tente (ou tenha que?) falar mais alto. Os sentimentos são assim... para serem sentidos e não explicados. Para serem explicitados e não compreendidos. Podem ser sentimentos bons ou ruins, mas a gente simplesmente sente!
Por outro lado, em alguns casos, realmente essas pessoas conseguem tudo que querem e, de repente, com o mesmo passe de mágica, percebem que não são felizes com tudo aquilo que desejaram e tiveram logo de uma vez. Mesmo assim, não querem reverter o quadro, pois é muito mais cômodo você ter aquilo que sempre tem a procurar um outro lugar, uma outra pessoa, um outro horizonte.
É triste sim viver no comodismo de alguns e não eu não me conformo com essas atitudes. Como você pode viver assim? Sem prazer, sem viver... sem vontade, nem anseio? Impossível! Só pode ser uma grande mentira que alguém me contou um dia e eu acreditei durante um certo tempo! Talvez esse seu comodismo não seja tão ruim como você diz ser, não é mesmo? A gente sempre “pinta” as coisas de diversas cores de acordo com quem nos ouve. Você pintou tudo tão terrivelmente preto e branco e eu sempre acreditei... puff!!! I was so naive again!!!
É muito fácil se acomodar com as coisas. Pensa bem: você ganha bem, tem uma família ótima, o “amor da sua vida” ao seu lado, viaja para a praia nos finais de semana, aproveita as férias num belo resort em qualquer lugar do mundo afora. Quer mais? Talvez sim, talvez não... Mas você não está feliz. Você se pergunta, então, o porquê que não está feliz por dentro, sendo que você tem tudo que mais almejou na vida.
Ou ainda, uma outra situação: o sujeito encontra uma pessoa que dá todo amor e todo carinho que ele precisa. Aliás, amor até demais. A pessoa fecha os olhos para tudo que o sujeito faz... ele pisa, ele machuca com as palavras, ele mata por dentro, ele a trai com as ações, as falas, os gestos, os sentimentos e até mesmo com outras mulheres, mesmo assim, a pessoa insiste em fingir que é feliz, pois ela mesma não quer enxergar a nova realidade tão clara sendo esfregada na ponta do seu nariz. Interessante esse comodismo de mãos dadas com o conformismo... criamos a realidade que queremos pra nós mesmos dentro das nossas cabeças.
Desculpa, mas eu não concordo e não me conformo com isso tudo mais... Chega!
PS: Medo também faz parte da mudança!
9 comments:
Foto: "2 anos e meio pra ela" por Ruben de Almeida
amiga!!!
voltei e já me atualizei no seu bloguinho!
saudades demais, vamos nos ver?
mil beijos!
fla.
Ai que booooom!!!
Seja bem-vinda de volta! Saudade imensa!
Vamos nos ver sim...
Vc vai pro Recanro semana q vem no English ou nem?!
Love ya!
Bjosssss
Putz... é... bem... ahm...
PUTA QUE PARIU!
saudades! volta logo!
e nada de recanto pelas próximas semanas!
Oi Fê,
Muito legal seu blog... aliás muito original, com ótimos temas e muito bem escritos.
Saudades de você!!!
Beijão,
Gu.
Excelente post, Fê. Quero escrever assim quando crescer.
Talvez um ponto a se pensar a respeito é que, às vezes, algumas pessoas 'ficam temporariamente' acomodadas ou conformadas. É como um período de hibernação até que elas emergem do seu sono, sacodem a poeira e botam para quebrar. É como aquele bom cochilo renovador antes de encarar a balada.
O ruim é quando o sono é eterno, permanente. Isto fica patente neste tipo de pessoa, meio que escrito na testa: 'deixa-me em paz'. Este já morreu e não sabe.
Beijo & stay brilliant.
miss you love!
Genteeeeeee!!!!
Voltei! Q saudade dos meus queridos e so meu "filhinho"... hehehe
Gus - Q bom q passou por aqui! Espero q passe mais vezes...uma delícia receber meus amigos das antigas!!! Bjocassssssss
Caco - Vc escreve demasiadamente bem... e concordo mto com vc qdo diz q as pessoas têm um certo estado de acomodação na vida, mas q não devem permanecer assim pra sempre! É exatamente isso q eu penso.. só me indigno com aquelas q se dizem acomodadas da boca pra fora, mas q gostam da tal situação e não fazem nadinha pra mudá-la... paciência! Nem posso mudar o mundo!!!!
Bjinhossss & keep coming back!
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